Eu estava um tanto entristecido pelo fato da chegada do Natal não conseguir reunir meus amigos Nito e Doros. Até que ano passado, consegui combinar com eles, a nossa ceia e amigo secreto. Nito, eu e Doros acertamos o valor das lembranças que não deveria ultrapassar o orçamento zerado de todos. Pois bem, preparei um peixe trazido do mercado central e presenteado por uma fiel. O encontro foi pra lá de prazeroso e resgatou as lembranças vivenciadas por nós na época em que vivíamos sem tanta eloquência. Degustamos o peixe e bebemos vinho até que Doros e Nito começaram a falar alto e tive que intervir pois como estávamos celebrando o natal na sacristia, não podíamos fazer tanto barulho que pudesse acordar o menino Deus. O silêncio era sagrado, mas a amizade era pra lá de especial, tanto que eles concordaram comigo em diminuir a sonoridade e respeitar o sono do pequeno. Só deixamos as espinhas e o vinho, ahhhh o vinho continuou no cálice.