Lembro-me tempos de infância em que a aspiração eram as férias escolares de fim de ano. Época de reinação e brincadeiras levadas a sério e a bicicleta vermelha metálica da Monark era um parceira, só faltando falar. Passeava com ela pelas calçadas, na época em que calçadas eram feitas para caminhar sem a aventura que hoje enfrento com receio da queda. Os anos já não transcorrem a favor da saúde física, por isso, o receio de caminhar sobre elas. Mas a infância registrada, ainda permanece atenta ao presente que já não lhe pertence. Intermitentemente, a criança retorna nos momentos em que o adulto acena, solicitando a companhia. Mas no sertão das instâncias, o verde vez por outra floresce sinalizando esperança que vem de mãos dadas no olhar da criança.