Carnaval é a festa mais democrática e popular que existe, sendo ainda uma celebração universal comemorada em alguns lugares do mundo, com manifestações populares conforme o perfil cultural do local. No Brasil, comemorado em todas as regiões, ganha espaço onde o folião está. Sim, é o folião o ator principal do carnaval, com a alegria típica que o qualifica. Pra ser carnaval e folia, vive-se no passo e compasso dia a dia que alcança o ápice, no sábado Zé Pereira. O brasileiro, tem o dom de reciclar e produzir um dos melhores carnavais do mundo. Diante de tantos fatos que vêm colocando em evidência os escândalos de corrupção, generalizamos o termo “rombo”, equivocadamente utilizando o termo como prejuízo aos cofres públicos por “falta de carnaval”. Assustador, é ver os desvios do erário público na saúde e educação e a isso, colocar “panos quentes”, estranho é acreditar que é com trabalho e desenvolvimento, não se pode fazer uma nação desenvolvida e mais esquisito é amplificar a ideia de que uma cidade só tem apenas uma única celebração da cultura popular para servir de atrativo em investimentos financeiros, ou pior ainda, que o que caracteriza um Estado rico, seja o investimento em carnaval, quando o país atravessa grave crise financeira. Sabemos que tem lugares em que a celebração do carnaval apesar de ser uma demonstração que ganha a publicidade internacional, também enfrenta problemas sérios na saúde e segurança pública que deixam qualquer cidadão brasileiro com receio de conhecer o “tal carnaval “. A inversão de valores realmente é assustador, principalmente quando se observa mentes dignas de reverência afirmar que o “rombo” de um lugar se deve à chamada “falta de carnaval”. Firma-se assim, um tirocínio do que vem a ser intelecto.