Bom amigo Wladimir,
Eis-nos aqui novamente,
Para lhe trazer os versos
Que o tornarão mais contente.
Que tal a primeira quadra:
Parece-lhe estar inteira?
Pois vê se se configura
A rima para a terceira.
Vejo que não se apurou
O nosso bom companheiro.;
Deixou em paz a segunda:
À terceira deu-se inteiro.
Não houve algum prejuízo
Nesta forma de escrever:
Qualquer reforma que faça
É esta que se vai ler...
Se houvéssemos esquecido
De rimar a quadra acima,
Certamente o bom amigo
Iria propor-lhe a rima.
Não fique desesperado,
Lendo sempre os mesmos versos:
Não os coloque de lado,
Eles não são tão perversos.
Agora está parecido
Com o que temos a dar,
Pois o compasso está fraco
E esta rima de assustar...
O pobrezinho do irmão
Que apanha o nosso ditado
Não se cansa de escrever,
Até mesmo encalacrado.
Eis que tivemos sucesso,
Forçando um pouco esta rima.;
Algum dia encontraremos
Aquele que nisto prima...
Salientaremos agora
Necessidade premente
De confiar estas mãos
A uma outra espécie de gente.
É certo, contudo, amigo,
Que seguiremos aqui,
No aguardo daquela gente
Que porá pingo no i.
Falar tão-só destas trovas
É treino forte demais,
Mas, se dermos outro tema,
Seremos sensacionais?
— “Que quadrinhas mais mambembes!” —
Pensará toda esta gente.;
É o que se pode fazer
Por sermos tão deficiente.
Uma outra hora voltaremos,
Trazendo prontos os versos,
Quem sabe conseguiremos
Tecer assuntos diversos!...
Vamos voltar à “Escolinha”,
Plenos de grande alegria,
Já que fizemos quadrinha
Cheia de sabedoria.
Pode parecer mui pouco
O que estamos conseguindo,
Mas a verdade é só uma:
É que estamos progredindo.
Saem os versos um a um,
Alguns fáceis, outros não.;
Todos, porém, formulados
Bem dentro do coração.
Se conseguirmos fazer
Sério desenvolvimento,
Por certo iremos vencer
O que nos traz tal tormento.
Aquele encontro que tínhamos
Com nosso irmão, outro dia,
Foi adiado p’ra agora,
Para ver se ele atendia.
Foi bem assim que se deu
E já se vê tal proveito:
Vemos bater, sonoroso,
O coração dentro ao peito.
Mas pode ser que aconteça
De não terem bom sentido
Os versos que se esparramam:
[“Aí teremos falido...”]
Ficou uma linha em branco,
Aguardando alteração:
Nem sempre logo aparece
Bem fácil a solução.
As rimas que se acumulam
São sempre aquelas mais fáceis.
Vamos ver como saímos
Diante de novos impasses.
Parece que está capenga
A tal rima feita acima.
Esta de agora é perfeita,
Ou só disso se aproxima?
Pois o nosso treinamento
Está próximo do fim.;
Hoje pareceu mais fácil,
Pelo menos para mim.
Vamos contar as quadrinhas:
Esta é a vigésima sexta.;
Como é que nós sairemos
Do cangote desta besta?!...
Porque sempre há uma saída
Quando a tal rima é existente,
Como no caso da quadra
Que se põe aqui presente.
Vamos suspender o acesso,
Pois este nosso escrevente,
Diante do nosso sucesso,
É para estar bem contente.
Insiste-nos ele ainda
Que façamos outros versos,
Buscando variar as rimas,
Tratando temas diversos.
Caro irmão, não precipite
Esta hora de despedida.;
Medite o confrade amigo
Sobre o tempo e sobre a vida.
Não adianta prosseguir
Buscando fazer rimar
O escrevente Wladimir
Co’o espírito Valdemar.
Não se trata desse nome,
Como se fosse um qualquer.;
É preciso respeitar,
Se respeito se quiser
Vejamos a quantidade
Das quadras que se fizeram:
São, ao todo, trinta e três.;
Só mais três — e elas se encerram.
Vamos coroar o dia
Deixando um bom pensamento:
Oremos muito a Jesus,
Que nos dará novo alento.
Na hora da despedida,
Ficamos mais um pouquinho.;
Este é um antigo costume
De quem vive já sozinho.
Dá uma dorzinha no peito,
Ao deixar o companheiro:
Fica ele mui sem jeito:
Eu sigo, sem paradeiro.
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