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Poesias-->2. FUTURISMO AMEAÇADO -- 16/08/2003 - 07:28 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Mensageiros deste amor,

Os irmãos vêm p’ra ajudar:

Queira o prezado amiguinho,

Portanto, se preparar.



Foi pedida a nossa ajuda.;

Aqui estamos, irmãozinho:

Vamos ver se conseguimos

Trazer algum bom versinho.



Praticamente, soubemos

Do chamado nesta hora,

Vamos, pois, improvisar,

Começando sem demora.



Querido irmão Wladimir,

Não se amofine por nós:

Basta tão-só nos ouvir,

Atentando para a voz.



Sabemos que não é fácil

Conseguir belos ditados,

Mas faremos o possível,

Para alguns bons resultados.



Não completamos os versos

De duas quadrinhas já,

Mas é fácil perceber

Onde é que a rima está!



Se não tiver bom sentido

Tudo aquilo que escrevermos,

Não se afobe desde já:

Peça para reescrevermos



Como se vê, finalmente,

Nosso irmãozinho esfriou

O ânimo do escrevente,

Que co’amor o agasalhou.



Não se perturbe se a rima

Não for aquela melhor:

Na segunda passadela,

Refaremos o pior.



Não vá se afetar também

Com as promessas de agora.;

Prossiga sempre escrevendo:

Felicidade tem hora.



Não seja precipitado.;

Vá com calma, bom irmão,

Que tudo virá co’o tempo,

Inclusive a perfeição.



Não bastassem tantos versos

Escritos sobre este tema,

Seria ainda preciso

Resolver este problema.



Vemos agora que tudo

Não passa duma invenção,

Para deixar mui contente

O nosso querido irmão.



Satisfeitos estaremos,

Se tudo um dia chegar

A se dispor, finalmente,

Em algo p’ra publicar.



Vejamos se conseguimos

Desviar o nosso assunto

Para outra fantasia

Que dê sentido ao conjunto.



Não conhecemos a rima

Para o termo logo acima:

É que de fato esbanjamos

O que menos estimamos.



Fugimos muito do ritmo

Adequado a este verso.;

Será que isso se dá

Só em tema controverso?



Já não temos esperança

De conseguir algo puro.;

Que fiquem, então, as jaças,

Num treinamento seguro.



Queremos agradecer

A gentileza do irmão,

Ficando aqui, toda tarde,

À nossa disposição.



Eis que, afinal, concluímos

Uma quadrinha feliz.;

Será que, daqui por diante,

Iremos firmar raiz?



Críamos que, facilmente,

Faríamos um quarteto,

Mas esbarramos na rima:

O que sobrou é terceto.



Mesmo no quarteto acima,

Nossa rima despencou:

Que tragédia, Santo Deus,

Nossa inspiração findou!



Se o bom do amigo soubesse

Quem é que veio até aqui

Pediria, com certeza:

— “Vá embora, por favor.;

Não tenho capacidade

De seguir-lhe os pensamentos.”

Porém, não é nada disso.

Trata-se de alguém esperto

Que só fez verso quebrado,

Dizendo que se tratava

De inspiração modernista:

A rima estava engastada,

O ritmo vinha da alma,

Tudo o mais corria solto,

Ao vento das invernadas.



Que barricada se ergueu

Dentro da frágil cabeça,

Que não permite que escreva

Quem ainda não pertença

Ao grupo dos “zebedeus”,

Que gostariam de ver

Só versinhos quadradinhos,

Com tudo bem medidinho,

Pela falsa cabeleira

Tosada!



A abertura que demos

A esta toada,

Esfarrapada,

Foi tão só pequeno aviso

Para que o jumento amigo

Se deixe montar à vontade.



Pois é bom lembrá-lo agora

De que não faria ao perigo

Qualquer restrição.

Eis, então, que obtivemos,

Para felicidade nossa,

Alvará de permissão,

Para apresentar, totalmente,

A nossa construção.



Assim, meu querido amigo,

Vamos logo viajar

Pelo mundo dos sonhos,

Sem presilha a nos segurar

Junto ao chão das conveniências.



Estamos a navegar,

Sem ter muito o que dizer,

Pois nos disseram, lá em cima,

Que isto era só treinamento,

Que bastava apetrecharmo-nos

De algum restinho de rima.



Se azedamos este dia

Do caro amigo escrevente,

Esperamos, comovidos,

Que nos perdoe esta gente.



Voltamos a escrever

Quadrinhas, no bom sentido,

Só que já vamos sair,

P’ra não ser mal recebido.



Vamos fazer a contagem,

Para saber se findou

O treinamento das quadras

Que se nos determinou.



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