- Tia Lu, como aspie o que você achou do primeiro episódio da série The Good Doctor, que a Globo exibiu ontem?
Minha resposta:
- Passar um filme onde a personagem principal é alguém com necessidades especiais é sempre bom para acabar com o preconceito. The Good Doctor é a história de um médico com Síndrome de Savant, transtorno do espectro autista, que vai trabalhar em um hospital num lugar distante da sua cidade natal. Lá ele precisa enfrentar o preconceito de seus colegas de trabalho.
No meu caso, tenho Síndrome de Asperger e minha habilidade é mais para a escrita e a venda. Porém, realmente, tenho características parecidas com a desta personagem como: interpretação muito literal das expressões, dificuldade em olhar nos olhos dos interlocutores, vontade de analisar todos os detalhes diante de um problema e balançados involuntários do corpo. Quando eu era criança, pessoas próximas falaram que eu me balançava muito. Até hoje, ás vezes, me chamam atenção porque estou me balançando sem perceber. Também tenho necessidades de vasculhar todos os detalhes de uma situação não estruturada assim como o doutor deste seriado que sempre pede exames detalhados dos pacientes, que os outros profissionais acham desnecessário.
Mas preciso acompanhar outros capítulos da série para debater com mais precisão.