Mui bendito é o sentimento
Que nos resgata a verdade,
Apesar da nostalgia
Que nos provoca a saudade.
São poucos os amigos
Que fremem de saudade.;
São poucas emoções
Que expressam a verdade.
São valiosos os desejos
De resgate do passado.;
Nossas lágrimas, no entanto,
Podem demonstrar enfado.
Mas não vamos perturbar-nos
Tendo em vista o conteúdo:
Só temos conhecimento
Para algum treino miúdo.
Somos só quatro os espíritos
Destinados a escrever,
Nesta tarde esplendorosa
P’ro mistério resolver
Não fique pequenininho
Perante tanta imponência:
Ponha de vez para fora
Essa sua competência.
Realmente vamos indo
Bem devagar com os versos.;
Se não fora este escrevente,
Fá-los-íamos perversos.
Como são fracas as rimas
Que soubemos escrever!
Até parece que estamos
Prestes a desfalecer...
Falaremos de amizade,
Para o médium atender.;
Se não conseguirmos nada,
Voltamos a espairecer.
Este dia está fragílimo:
Não só falham nossas rimas,
Como há dificuldade
Na adaptação a estes climas.
Realmente, bom irmão,
Este treino está furado.;
Melhor será se você
Deixar a trova de lado.
Está difícil à beça
Colocar p’ra fora uns versos.;
Que se dirá quando, um dia,
Enfrentarmos universos?!...
Quão péssimos nos saímos,
Sem qualquer inspiração!
P’ra obter algum sucesso,
Lá vai outra rima em -ão...
Pobrezinhos sofredores
Iremos sair chorando:
Esperávamos dizer
Que estávamos melhorando
Já não adianta insistir,
Caríssimo Wladimir.;
Hoje as coisas não vão bem,
Nem p’ra nós, nem p’ra ninguém.
Até que o quarteto acima
Renovou o nosso ar.;
Então, é bom suspender,
P’ra não mais decepcionar.
Foi só fazer referência
A algo satisfatório,
Que o tal versinho a seguir
Demonstrou ser meritório.
Agora, em definitivo,
Será este o derradeiro.
Adeus, querido amiguinho,
E um abraço ao mundo inteiro.
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