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Artigos-->DIA DA CONSCIÊNCIA DE JUSTIÇA -- 29/11/2018 - 19:45 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Escrevi esse texto em 2006. Será que alguma coisa mudou?







“Se prestarmos atenção às pessoas que estão ao nosso redor, veremos que muitas têm avós italianos, pais árabes, origem espanhola, alemã ou portuguesa, francesa, italiana, e várias outras nacionalidades que ajudaram na construção deste país.

Mais claramente, veremos uma grande maioria de crianças e adultos com traços fisionômicos que evidenciam sua origem negra”.

O negro é talvez o elemento que maior contribuição trouxe à formação da cultura brasileira. Nos porões dos navios negreiros vinham os germes do samba, do frevo, do candomblé, do carnaval, do culto à Iemanjá, do sabor quente e forte de nossa comida, além das crenças e hábitos aos quais nos acostumamos tanto, que nem paramos para pensar de onde veio.

Mas hoje, depois de tantos anos da abolição da escravatura, ainda podemos acompanhar a luta das ONGS com a questão racial, para mudar a imagem do negro no país.

A cultura negra sempre esteve atrelada à escravidão e ao preconceito.

A maioria das pessoas acredita que existe um racismo silencioso, pois muitas delas preferem não falar sobre o assunto.

"O racismo explícito, pelo menos no meio urbano, vai enfraquecendo-se, principalmente por conta da consciência crescente de que é prática criminosa”. “Mas o preconceito (que é o racismo enrustido) continua. E é fomentado principalmente pelas novelas da Rede Globo que é um veículo muito poderoso, comenta Nei Lopes, compositor e um dos maiores estudiosos de história do povo negro no Brasil”.

Pesquisa: Simoneuza Oliveira / Psicopedagoga

Encontrei este artigo em 03-11-2006, coloquei este comentário: Aqui O Nei Lopes esqueceu de dizer que acima dos porões, os navios trouxeram também o germe da corrupção, da crueldade e da sacanagem com que a elite sempre tratou os pobres deste país, independente da sua cor, e volto a afirmar sem medo de errar, estes seres humanos não foram escravizados simplesmente pela cor, mas pela absoluta pobreza em que viviam.

Então resolvi colocar no papel a minha visão sobre o dia da Consciência Negra:

No próximo dia vinte será comemorado o DIA DA CONSCIENCIA NEGRA,

Não sei o que este dia significa.

O que é consciência negra?

Será que é olhar para a pele e sair gritando pelas ruas? Eu sou preto.

Ou olhar para dentro de si mesmo e dizer para todo mundo: Eu sou diferente.

Por que não tem o dia da consciência branca?

Seria até cômico, os da raça “superior” saírem para a rua gritando: Eu sou branquelo!

Façam-me o favor!

Esses cidadãos que ficam inventando nomes e datas dizendo que é para comemorar alguma coisa, não têm nada para fazer?

Porque não criaram o dia da consciência honesta?

Para que todos possam sair para as ruas e praças e gritar bem alto: Eu sou honesto.

Aí eu queria ver quantos gritos se ouviria por este imenso país afora, vai haver bairros e cidades e distritos inteiros, onde o silêncio reinará absoluto, ou talvez seja quebrado por um ou outro mais corajoso.

Se houver!

Dia da consciência tranquila.

Eu queria que esse dia existisse de verdade.

Conversando com um conhecido, um mulato gente boa que indiquei para fazer um trabalho na última empresa onde trabalhava, ele me perguntou: -Você não está lá mais?

Lá era simplesmente o cargo que ocupava no serviço de saúde da minha cidade, e respondi: -Não, não aceito ser brinquedo de político.

-Você não devia ter saído, eu era como você, depois que comecei fazer o curso de Direito mudei muito a minha maneira de pensar.

É isso que me assusta.

Que consciência é esta que aceita ser manipulada depois que adquire conhecimento?

Eu queria uma nova lei áurea.

Uma nova abolição.

Que libertasse todos os pobres, de todas as raças, mestiço, cafuzo, mameluco, negrinho, branquelo, de olhos arregalados ou puxadinhos, do jugo da elite e dos políticos sacanas (existem exceções) que ditam leis neste país.

Chegamos ao cúmulo de ao começar uma obra civil prevista para mais de dois anos a primeira placa colocada é: Não temos vaga.

E não tem mesmo.

A empresa que “ganha” a concorrência não tem autonomia para contratar quem quiser, quem tem a vaga é o político sacana que vai indicar quem ele achar render mais votos, ou para quem aceitar ser manipulado.

E os melhores cargos são ocupados por parentes e puxa-sacos, em sua grande maioria, brancos.

O país só será livre quando for criado o dia da CONSCIÊNCIA DE JUSTIÇA.

O dia em que todos os injustiçados saírem às ruas e praças para gritarem bem alto: Queremos igualdade, independentemente da cor da pele, do cabelo crespo ou liso, dos olhos arregalados ou puxadinhos, e da fé que professamos ou não.

Queremos escola, lazer e saúde de qualidade para nossos filhos, seja ele um negrinho ou um branquelo azedo.

Não queremos cota nas universidades, exigimos o mesmo tratamento para disputarmos de igual para igual, com todos que se formam doutores em alguma coisa.

Nos indignamos com o estacionamento das universidades públicas com seus carrões afrontando o pobre, que sequer tem acesso a uma escola secundária de qualidade.

Universidade pública tem que ser para aluno de escola pública, só assim ela ganhará credibilidade e colocará pobres e ricos no mesmo patamar.

O dia que este grito acontecer todos os outros poderão ser esquecidos



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