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Cronicas-->Presentes de Natal -- 21/12/2002 - 16:17 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Presentes de Natal
maria da graça almeida

As sacolas dos presentes pesavam
e impingiam-me um desconforto satisfeito.
Adormeciam-me as pontas dos dedos, no entanto
sossegavam-me das compras.
Meus pés anunciavam o cansaço.
Afinal, cinco horas eu perambulava pelo Shopping,
numa frenética e tardia busca de presentes.
Claro que mais uma vez, não cumpri com a promessa de todos os anos,a de que no próximo Natal compraria com a tranquilidade da antecedência.
Qual o quê!


Logo no primeiro pavilhão, a franca exposição. E desta vez maior que a convencional.
Em sua magnitude, ali representado, na decoração de Natal,o Quebra Nozes de Tchaikowisky.
Lindo, sublime, tocou-me fundo e as lágrimas saltaram -me despudoradas.
É claro que nesta época do ano, sempre ando aguada.
Um gesto terno, uma visão significativa e ... pronto!
As lágrimas rolam incontidas, a despeito do constrangimento.



Controlada a emoção e finalizada a tarefa aquisitiva, parei para olhar o Papai Noel.
A criança que me habita, fala alto e, muitas vezes, não posso me esquivar dela.
E ela queria ver o velhinho. Obedeci. Nessa hora, duas crianças cobravam os presentes.
O garoto menor, um carro de controle remoto e uma bicicleta grande.
O menino maior- calculei uns seis anos- já havia feito o pedido quando me aproximei e explicava ansioso que não estaria em casa no Natal.
O homem de vermelho e barba branca- verdadeira e natural- pecava apenas pelo exagero das sobrancelhas artificialmente claras.
Olhava para o garoto, divertindo-se com sua excessiva preocupação.
Num certo momento, o menino corre e retorna, puxando a mãe pela mão e pede-lhe com voz firme:-- -Mãe, dá o endereço do hotel. Explica direito, mãe...
Ela, compenetrada, diz da cidade, do hotel.
Arrisca tímidas olhadelas em minha direção,
já que permaneci ali, observando-os.
De vez em quando sorrio, ela retribui, sem graça.
E ao saírem dali, ouço o menino perguntando à mãe, pela loja de computadores.
Surpreendo-me.

Obrigada, Noel, pelo milagre de fazer com que a ingenuidade da crença natalina possa conviver com a modernidade da informática.
Obrigada pela graça de perseverar, dentro de uma infantil cabeça informatizada, o crédito ao velhinho do Natal.
Que Deus abençoe a força do sonho e a magia da fantasia, num mundo onde a tecnologia marca tão forte presença.

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