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Contos-->Nós átomos já nascemos pobres -- 03/04/2003 - 00:21 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nós átomos já nascemos pobres, porem já nascemos livres (ou quase livres), todos vocês sabem que não é muito elegante perguntar a idade de pessoas mais velhas, mas quando passamos dos 4 bilhões de anos no meu meio isso já não faz muita diferença, eu tenho a idade do universo, isso mesmo, desde que o tempo é tempo e a matéria é matéria, desde do Big Bang quando houve a grande explosão que formou o cosmos a 15 bilhões de anos atrás eu e todos meus quase incontáveis irmãos fomos criados.
Desde esse dia em diante a natureza jamais criou nada em todo universo, os mesmos átomos que existiam no dia do Big Bang ainda existem até hoje e nenhum novo nasceu, todos temos a mesma idade embora tenhamos pesos diferentes, não temos sexo o que facilita bastante nosso convívio quando vamos formar uma nova estrutura (muitos de nós passamos quase uma eternidade ´acorrentados´ uns aos outros, por isso não podemos ter muitas diferenças entre nós), por outro lado isso dificulta o nosso bem estar, só nos reconhecemos pelo cheiro.
Bom, estou aqui para contar a minha jornada pela vida ou por enquanto, através do que vocês humanos chamam de eternidade, um caminho que não pode ser medido em quilômetros, mas em anos-luz, posso dizer que fui um átomo de sorte por ter vindo parar na terra, irmãos meus vivem em outros confins do universo e não são tão felizes como eu, alguns vivem em outras raças e civilizações, mas nenhuma raça é mais divertida que a humana, embora às vezes eu não entenda bem o porque que vocês não se entendem se são todos da mesma raça! Fazem guerras e não se ajudam, algo que mesmo para um átomo que já viveu tanto seja muito difícil de compreender.
Eu vi esse planeta nascer e florescer, viajei na cauda cometas e cheguei até aqui, fui lava derretida e depois me tornei rocha dura de montanhas que se elevavam a alturas tontas, fui levado pelo vento, já fui o ar que tingia de azul a atmosfera do planeta, já fui água que molhava a terra seca, fui folha caída e arvore partida, vivi nos olhos do dinossauro e na ponta da lança do primeiro caçador.
Vivi no coração de um homem apaixonado no ano 1200 ac, fui à ponta de uma espada de um guerreiro no de 500, as teclas de um piano, já fui ar, já fui água, já fui célula do sangue de um menino iraquiano que morreu ontem vitima da guerra do golfo e hoje estou nesse ponto final.
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