Era mocinha fagueira,
a linda Ritinha que um dia,
deitada junto da esteira,
mil riquezas pressentia.
-Amor!? No fundo besteira!
-Dinheiro no banco- dizia,
é paixão prá vida inteira,
casamento em que se fia.
Nunca mais eu vi Ritinha,
até ontem de tardinha,
quando vinha o rabecão.
Era a moça sonhadora,
que com veneno se fora,
sozinha na solidão...
Nelson de Medeiros Teixeira
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