Preste atenção, bom amigo,
No que lhe vamos dizer.;
Se se julgar iludido,
Vai ter de se defender.
Os justos que se aproximam
Das verdades do Senhor,
Têm, por norma de viver,
Saúde, virtude e amor.
Não damos tratos à bola,
Quando ditamos versinhos:
Esperamos que o escrevente
Ajeite tudo certinho.
Está ele bem surpreso
Por escrever de repente,
Sem saber, de forma clara,
O que terá pela frente.
Vamos, por isso, ditando
Certos de alcançar sucesso,
Porquanto é nosso objetivo
Proporcionar-lhe progresso.
Está mui feliz da vida
O caro amigo escrevente,
Já que tem orientação,
Sem dela ficar consciente.
Parece-lhe até que as quadras
Estão mui bem formuladas,
Diversas das anteriores,
Simples, rasteiras, quadradas.
Não se entusiasme, contudo,
Leve a sério o desempenho,
Diante de certas palavras
É justo cerrar-se o cenho.
Não esmoreça também,
Se, acaso, não lhe der certo.;
Siga em frente, pegue o trem:
Depois olhará de perto.
Examine o exemplo acima,
Observe fator estranho:
Ao falar em não dar certo,
Lavramos verso tacanho.
Inda que sem cerimônias,
Enfrentamos a tarefa,
Bem certos de que acharíamos
Um amigo que não blefa.
Vamos dar por encerrado
O trabalho deste dia,
Agradecendo ao Senhor
A bênção desta poesia.
Ao amável escrevente,
Nossa palavra final:
Não acabe descontente
Quem não sofre qualquer mal.
Por estarmos embalados,
Faremos tão-só mais esta,
Para lhe dar a impressão
De que estamos sempre em festa.
Bom amigo Wladimir,
Chegou a hora do adeus.;
Feche os olhos e concentre-se:
Dedique seu dia a Deus.
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