Tempo Bidiônico
O senhor de tudo e do nada, do corpo e da essência, do juízo e do julgamento, das artes e das ciências... arruma e desarruma, pinta, escreve e apaga no apagar eterno. Costura e rasga, rompe e faz ressurgir e urge na correria dia a dia, sem adiar a dor pungente que planeja o renascer de tempos em tempos na velocidade do silêncio de um mosteiro. Padre Bidião concilia a vivência se reinventando e embarca nas barcas alvoradas curuminhas. Meu tempo não é meu, mas sou aluno desse mestre Tempo Bidiônico sempre a viver e reviver, ordenar e desordenada na ação eterna transformadora do ser formador de sua história. Mestre e discípulo, abraços na chegada e na partida, no vai e vem do Tempo Bidiônico. Ouso e escuto a batida tempo no pulsar das veias que alimentam e nervos de aço do Leão ao Norte e ao Sul. Abraço e faço o tempo meu irmão. Aperto sua mão no adeus cotidiano de um Deus Tempo.
Autoria: Marcos Alexandre Martins Palmeira Poeta e escritor de Pilar, Alagoas |