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Artigos-->José, o homem -- 15/07/2019 - 08:58 (Padre Bidião) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A vida tem sido dura a cada assentir nas histórias de minha gente. José de outrora, José que foi emancipado precocemente, seguiu o rumo José. Traçado num mundo, onde o  filho chora e o pai não ouve. Aço, aço, aço... lá se foi o José de Nazaré do meu Pernambuco do Nordeste Brasileiro. José de outrora,  numa guerra desigual que precisava madrugar para não ser jantado pelos próprios companheiros que se diziam " mui amigo" . Aprendeu com o couro batido nas costas,  e lá precisou abdicar um pouco das estradas. Bateu a poeira e construiu uma família para tê-la como base no amanhã da vida José. A cada tostão suado, muitas vezes lavou o rosto com o sereno da madrugada no choro da natureza terra. Chorou por diversas vezes, o tempo naturalmente na chegada do sol, mas José desconheceu o choro cedo, pois não havia tempo para esse privilégio. Sempre acordava no romper da Aurora, beijava a mulher e dava uma espiada a cada berço para então, seguir José com seu matulão para buscar o sustento da família. Esse José de história, de instantes de contos na pureza do homem talhado a cada momento mundo, foi o próprio arquiteto do seu templo, com seus desenhos. Daí, construiu sua acomodação para toda família, precisou ser rude e ninguém perguntou a José.  José és livre, mas é isso que tu queres? Um mundo cheio de hipocrisia religiosa e de verdades, até julgar José mas não ajudaram o andador José. José apaixonado, talhado pela responsabilidade que abraçou, a formação José foi essa: trabalhar, trabalhar e trabalhar sem ter frescura de stress. Assim, seguia José nas manhãs de um Brasil saqueado. A cada estação, descia José tomava  um pingado e seguia sozinho com suas sacolas de camelô, trabalhando os desejos de sua clientela. Lá foi José para São Paulo em busca de condições para se igualar com os gigantes do mercado e viver entre eles com condições de mercado. Esse José, trazia novidades e atendia  para a satisfação da freguesia nas feiras livres a cada natal nas cidades do interior de Alagoas. Calor das tordas e José com olhos abertos para se defender da floresta mercadológica. Nas tardes, nas noites, José retornava para o lar e já contava os quinhões do dia. Dias bons e dias difíceis mas a esperança era grande, pois aprendeu a contar e arrumar o apurado já que na segunda feira, José precisava pagar seus aos credores para  ter crédito e girar o suado capital.  José... José era: pedreiro, contador, economista, construtor, pai, padrinho e acredito que José como gente deve ter tido seus amores. Picasso foi para as páginas,  mas José foi criticado a cada esquina. José que nem tempo teve para ser menino, aprendeu  as três contas: Somar, dividir e multiplicar e daí? Esqueceu  de olhar o mundo gente e admirar a beleza. Os filhos crescendo e José fazendo contas, contas e contas nos dedos. Dizem os mais velhos que José é um nome pesado para colocar no rebento, mas esse foi o nome escolhido  para batizar o curumim. José, hoje, conta a história dele e acredito que o tempo com os pais foi muito curto. O que podemos cobrar de José!? A não ser abraçar, ouvir suas experiências, aliviar suas dores, alimentar seus sonhos numa vida efêmera de vida carente. A cada passo,  passamos... reina a vida. Agora respiro e escuto o rock e tento decifrar a poesia: “Meu bom José... “ Cada homem tem uma porção José, uns com uma formação diferenciada pela oportunidade de escola, filosofia e controla a dualidade na arena Lobo x Homem. Sofre de maneira diferente e busca o amor para apreciar a poesia, escrever e tornar a vida suportável. José não teve escola e nem tempo para si, seguiu na poeira do tempo, divinamente. Deu vida a uma Lalá e lá, Lalá, no sonho José, à sombra José, à gratidão José. Vivaaaa José! És imortal, desenha, fez filhos e plantou árvores.
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