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Poesias-->35. PRENÚNCIO DA DESPEDIDA -- 18/09/2003 - 06:43 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estendamos os versinhos

Para um pouco mais além.

Vamos ver se conseguimos

Saber o que a quadra tem.



Sentimos muito, amigão,

Mas vamos ter de deixá-lo.;

Talvez só seja por isso

Que estejamos a treiná-lo.



Mais um pouco e terminamos

Nossa participação.

Entretanto, duvidamos

Que você fique na mão.



São muitos os companheiros

Desejosos de escrever,

E tudo será mais fácil,

Como você irá ver.



Esta espécie de poesia,

Que não traz nenhum prazer,

Terá tido sua fase,

P’ro tino desenvolver.



Quando for chegada a hora

De poetar p’ra valer,

Iremos sentir saudade

Dos tempos do ver-p’ra-crer.



Por enquanto vamos indo,

Dando alguns pontos sem nós,

Bastando só que aconteça

De se seguir nossa voz.



Não deseje ser perfeito

Durante este treinamento:

Basta tão-só entender

O que vai no pensamento.



Este dia está dizendo

Para tomarmos cuidado,

Pois é bastante ruim

Ficar muito entusiasmado.



Estamos muito felizes,

Julgando que o resultado

Possa trazer alegria

Ao pessoal deste lado.



Também o nosso escrevente

Exulta com o resultado:

Tem o íntimo contente,

Apesar de preocupado.



É bem assim que sucede,

Quando estas coisas se ajustam.

O temor sempre precede,

Mas os sorrisos não custam.



Nós também vamos ficando

Sobremaneira excitados,

Querendo ver o momento

De ter bons versos ditados.



Estes aqui vão escritos

Com bastante sacrifício,

Não em virtude das rimas,

Mais por causa do bulício.



Revelamos duma vez

As razões de nosso medo.

É que não temos presença:

Vê-se o gigante no dedo.



Até que estamos gostando

Do resultado do dia:

As quadras vão-se somando,

Dando a impressão de poesia.



Isto é poesia maneira,

Feita ao sabor dos assuntos.;

É de algum modo faceira:

Dela nos livramos juntos...



Vamos, portanto, inferir

Ter sido útil o treino,

Já é hora de invadir

Da poesia o lindo reino.



Envergando o uniforme

Do belo time poético,

Cá estamos, amiguinho,

Ostentando porte atlético.



Realmente temos visto

Como se dá o versinho:

Às vezes, tudo vem fácil,

Outras se perde o caminho.



Por isso, caro irmãozinho,

Fique muito sossegado.;

Se demorar um pouquinho,

Não vá ficar preocupado.



Bem no meio do quarteto,

Deixamos o irmão parado,

Mas foi esperto o bastante,

P’ra não ficar preocupado.



Vamos, por isso, dizer

Que está o treino encerrado.;

Basta agora agradecer

A quem nos tem ajudado.



Comecemos lá por cima,

Pedindo uma graça aos céus,

Para nos dar uma rima,

P’ra sentir a mão de Deus.



Em seguida, aos companheiros

Deixemos abraço amigo,

Dizendo que onde estiver,

Estarão todos comigo.



Ao bom amigo escrevente,

Sentimentos de perdão,

Rogamos que nos envie,

Do fundo do coração.



Quanto aos nossos bons leitores,

Que nos desculpem a verve:

Realmente o que fizemos,

Como poesia não serve.



Pede-nos nosso escrevente

Que não digamos adeus,

Que seja só até breve,

Até quando queira Deus.



Pois aqui vai, caro amigo,

Nossa última quadrinha:

Não aceite as despedidas,

Não vá ao final desta linha...



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