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Poesias-->31. OS POETAS CAPRICHAM -- 25/10/2003 - 06:49 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O DITADO



Poderosa era a força

De Jesus e de Maria.

Suave era o tormento

Do carpinteiro José.

Caminhando no deserto

Do nascer ao fim do dia.

Puseram-se a caminho

Do Egito com muita fé

Tendo chegado os clamores

Em profusa algaravia.

Prometia exterminar

Os descendentes de Noé.

No entanto, os serviçais

Deram asas à notícia

Espalhando pelos ares

Serem mortos os infantes

O romano vinha afoito

Com seus gestos triunfantes

Era uma voz bem perversa

Formada de muita malícia

A fama dos precursores

Causou-lhe grande temor

Estava infensa a consciência

Não sentia mais dor.

Os tribunos revoltaram-se:

Era caso de polícia.

No reino inteiro se soube

Que seria o Senhor

Nascera o nosso Messias

Informe-se aos governantes

De Belém surgiram vozes

Ouvidas em terras distantes.

Teve medo o nosso Herodes

Embora governador.

A necessidade da fuga.







TEXTO RECONSTITUÍDO



A NECESSIDADE DA FUGA



Teve medo o nosso Herodes,

Embora governador.

De Belém surgiram vozes

Indo a terras mui distantes:

Nascera o nosso Messias:

“Informe-se aos governantes”.

No reino inteiro se soube

Que seria o Salvador.



Os tribunos revoltaram-se:

Era caso de polícia.

Estava infensa a consciência:

Não sentia qualquer dor.

A fama dos precursores

Causou-lhes grande temor:

Era uma voz bem perversa

Ressoando com malícia.



O romano vinha afoito,

Com seus gestos triunfantes,

Prometendo exterminar

Descendentes de Noé.

Entretanto, os serviçais

Deram asas à notícia:

Espalhando pelos ares

Serem mortos os infantes.



Tendo chegado os clamores,

Em profusa algaravia,

Colocaram-se a caminho

Do Egito, com muita fé,

Caminhando no deserto,

Do nascer ao fim do dia.

Bem suave era o tormento

Do carpinteiro José.;

Mui poderosa era a força

De Jesus e de Maria.







Cotejemos os fracassos

De nossa prima jornada,

Com os sucessos escassos

Desta última fornada,

Para estender nossos braços,

Amparando a rapaziada,

Que não vê de bom proveito

O que tanto agita o peito.



Não basta reformular

A ordem daqueles versos:

É preciso reformar

Os dizeres de diversos,

Havendo que retocar

Os que forem mais perversos,

P ra tudo se equilibrar

Na ordem dos universos.



São mui fáceis estas rimas,

Que se repetem constantes:

É o que se dá com os climas,

Segundo os ventos reinantes.



Vamos usar de bom senso

Na hora de redigir:

É compromisso que penso

Manter com o Wladimir.



Sentimos estar muito próximo

O dia da grande virada,

Em que um poeta de valor

Não deixe a coisa mal parada.



Mudamos o ritmo do verso:

Agora são oito as sílabas.

Tornamos o fim controverso,

Com as contagens polissílabas.



São exercícios finais

Que só trazem bom proveito,

Se o médium não soltar “ais”,

Demonstrando seu respeito.



Quem seguir os nossos textos,

Buscando ver os roteiros,

Encherá uns cinco cestos

Com obuses e morteiros.



O que queremos dizer,

Com as figuras acima,

É que se deve entender

Que tudo o que nos anima

Iremos circunscrever

Nuns escaninhos de rima,

Mesmo que alguns explosivos

Nos exponham a perigos.



Estamos dando vazão

Aos mesmos temas de sempre,

Porém, há uma distinção:

Não há rima que se lembre.



Vejam que bom desafio

Fizemos ao escrevente.

Diz-nos ele: — “Eu confio

Nas virtudes dessa gente!...”



Já vai alta a nossa hora,

É preciso terminar,

Senão a boa senhora

Ir-se-á preocupar:



"Que fará o meu marido,

Que não desceu as escadas?

Em que mundo vai perdido,

Em busca d almas penadas?"



Pedimos que não demonstre

Enfado ou coisa que tal,

Pois o pessoal daqui

Irá sentir-se bem mal.



Concessões são permitidas

Para rimas impossíveis:

“-onstre”, é das que são tidas

Como muito imprevisíveis.



Vamos levando, aos pouquinhos,

O mestre por nossas ruas,

P ra que não rime “porquinhos”

Como coisas que são suas.



É bom sentir o desejo

De suspender o ditado:

É atitude em que eu vejo

Nosso valor declarado.



Assim, ao final do dia,

Estando o assento bem reto,

Fica fácil a poesia,

Embora eu seja discreto.



Muito obrigado, amiguinho,

Por esta tarde vazia,

Não de ternura e carinho,

Mas de versos e poesia.



Vamos prosseguir treinando,

Facilitando o processo,

Sabendo que estamos dando

Aos poetas bom acesso,

Pois é chegar poetando

Que terão o seu ingresso.;

Tudo está quase perfeito:

A rima, o verso e o respeito.



A Deus vou agradecer

Os versos desta jornada,

Esperando conceber

Obra melhor acabada.



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