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Poesias-->5. TESTANDO AS LICENÇAS POÉTICAS -- 02/11/2003 - 08:32 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Desafia-me o escrevente

A que lhe faça algo bom,

Para deixá-lo contente,

No fundo do coração.



Entretanto, eu já prefiro

Parecer eqüidistante,

Para manter meu retiro,

Com sabor bem refrescante.



Parece pasta de dente

Isso que acima escrevemos.

Fica triste este escrevente,

Pelas trovas que fazemos.



Gostaria ele de ver

O tempo com mais proveito,

Mas precisa compreender

Que estamos aqui sem jeito.



O que é fácil para nós

É repetir os versinhos,

Com rimas que não dão nós,

Nem precisam de carinhos.



Sendo assim, eternamente,

Vamos ficar por aqui,

Estando sempre presente

O trejeito do sagüi.



Esse bichinho que pula

Deste galho para aquele,

Já que tem imensa gula

De sempre ficar na dele.



É preciso compreender

O cotejo que fizemos,

Para ser possível ver

As razões que sempre demos.



Os textos do dia vão,

Bem aos poucos, se fixando,

Mas não em seu coração,

Com resultado nefando.



Faríamos bem melhor,

Se desistíssemos logo?

Talvez fosse bem pior,

Pois nesse “time” eu não jogo.



Vamos só testando as rimas

Que se aprestam de repente,

Para entender estes climas

Que doem na pele da gente.



Completado o treinamento,

Seguiremos bem felizes.

O que vem, em seguimento,

Mostrará fortes raízes.



Pedimos, pois, ao amigo

Que trabalhe sem desânimo,

Que não rompa o fio do umbigo

Que nos alimenta o ânimo.



Às vezes, não tem a rima

Um futuro surpreendente,

E apelamos para o clima

Que fere a pele da gente.



Veja só que bonitinhos

‘Tão ficando estes versinhos,

Mimosos, bem mimosinhos,

Cheios de diminutivos.

Parece até que esta gente

Que atormenta este escrevente,

Dando ares de contente,

Não tem sentimentos vivos.



Não só fazemos a crítica

Como também censuramos.;

Se não for boa política,

Os versinhos completamos.



De qualquer modo, o escrevente

Vai tirar de letra tudo,

Pois que devolve p’ra gente

Toda forma e conteúdo.



Sentimos não dar prazer,

Neste treino diuturno:

Seria melhor de ver

Que esse jeitão tão soturno.



Perdoe-nos os gracejos:

Foi a forma que inventamos,

P’ra rimar os seus desejos,

Co’ o treino que propiciamos.



Por outro lado, queremos

Conhecer as liberdades

Destes poemas que vemos

Tão cheios de qualidades.



Queremos também dizer

Da nossa facilidade

De o metro estabelecer,

P’ra nossa felicidade.



Sabemos contar as sílabas,

Escandindo bem os versos.;

Mas as rimas atrapalham,

Em alguns finais perversos.



Seremos originais,

Repetindo os mesmos sons?

Só nos versinhos que tais,

Em que se ouvem ronrons.



O médium deseja ver

O que podemos fazer,

Se algo formos dizer,

Com responsabilidade.

Eis aí o desafio,

Porquanto algo mais bravio

Nos ameaça o navio,

Em meio da tempestade.



Que lhe parece, amiguinho?

Você se sente sozinho,

Ou percebe, de mansinho,

A presença desta gente?

Não vamos dizer besteira,

Não seguiremos na esteira

De quem esteja na beira

De fazer algo indecente.



Pois só temos compromisso

De apresentar o serviço

Deste treino. E é só isso

Que prometemos fazer.

Se quiser algo mais sério

Que tumbas no cemitério,

Que cego no eremitério,

Não ficaremos p’ra ver.



A vida é algo terrível

Que assusta bem muita gente.;

Não será, portanto, incrível

Quem se mostre sorridente,

Trazendo na dentadura

Quatro falhas bem na frente?!...







Ao chegar a despedida,

Vamos fazê-lo sem riso:

Seria de pouco siso

Desrespeitar sua vida.



Mas queremos um sorriso

Que deixe bem comovida

Esta gente tão querida,

Que lhe deixa tanto aviso.



Sem mostrar ouvidos moucos,

Nós faremos ir, aos poucos,

Esta sua inspiração.



Que Deus mande, com carinho,

Bênçãos que encham seu ninho

De amor, de luz, de canção.



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