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Poesias-->26. SONHO DE MONGE -- 23/11/2003 - 07:33 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


No portal da igreja,

Estanquei um dia,

Bênção benfazeja!

Límpida harmonia!



E por mais que veja

Coros de alegria,

É sombra que adeja

A minh’alma fria.



Perguntei por Deus,

Eu quis ver Jesus

E do céu desceu

Muito forte luz.



E em trovões de dor,

Eu vi refletida,

Espasmos de horror,

Toda a minha vida.



Quis fugir dali,

Pesadelo vão,

Sem forças, caí,

Me estendi no chão.



U’a mão benigna

De pronto me ergueu:

Era um’alma digna

Desse bom judeu.



Recobrei as forças,

Refiz a energia:

Eram simples corças,

Filhas de Maria.



Despertei sorrindo

Desse sonho triste.;

Hoje já estou indo:

Este amor existe.



Tenho tido agora

Doces esperanças:

Já se faz aurora

Em minhas lembranças.



Sinto forte a fé,

Firme a caridade.;

Tudo, penso, é

Fruto da bondade.



Cumpro a minha lei,

Sofro a minha dor,

É, como pensei,

Grande o meu temor.



Mas amigo tenho,

Bem transcendental,

Porque donde eu venho

Era imenso o mal.



Hoje, mais tranqüilo,

Serenei a ânsia:

Pesa-me um só quilo

A minha ganância.



Pesa sempre menos,

Ao findar dos versos:

Corações serenos,

Almas de conversos.



Mágoa que se finda,

Dores que amenizam.;

Sofro um pouco ainda,

Mas os céus se irisam.



Tenho p’ra comigo,

Para, dentro em breve,

Abraçar o amigo

Que por mim escreve.



Quero que desculpe

Este amor ligeiro

Que jamais se esculpe:

Tema passageiro.



Sonho de acordado,

Brilho nos meus olhos,

Mas estou velado:

Tenho meus antolhos.



Faço esta poesia,

Pura distração.;

Mas sinto alegria

Dar no coração.



Tenho muito medo

De ofender alguém,

Pois é muito cedo

P’ra quem nada tem.



Ajude, escrevente,

Estenda-me a mão,

Fique bem contente

Co’este novo irmão.



Faço referência

Ao abraço amigo,

Mas esta insistência

Ganha bom abrigo.



Quero reencontrá-lo

Não depois de morto,

Mas vou despertá-lo

Em sono absorto.



Basta o pensamento,

Firme, se apoiar,

Em doce momento

De profundo amar.



Doce como a brisa

Que nos vem do mar,

Esta vaga alisa

E nos faz sonhar.



O bulício ao longe

Lembra a realidade.;

Noss’alma de monge

Chora de saudade.



Peço desculpar-me

Pensamento incerto.;

Vou equilibrar-me,

Disso estou bem certo.



Quero vir depois

Muito mais esperto,

P’ra juntos os dois

Ficarmos mais perto.



Pedem-me que diga

A prece final.;

O fato me obriga

A esquecer o mal.



Peço a Deus somente

Que mantenha em paz

A toda esta gente

E este bom rapaz.



Vou agradecer

A meu escrevente

Todo bem-querer,

Inda que o atormente

Co’estes duros versos,

Falhos e perversos.



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