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Poesias-->27. DIANTE DO INIMIGO -- 24/11/2003 - 07:09 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A sabedoria está

Em fazer somente o bem,

Ou no reino de Oxalá,

Ou na terra de ninguém.



Entretanto, muitas vezes,

Não sabemos que fazer,

Pois nos parecem soezes

Quem não nos dá bem-querer.



É bem aí que hesitamos,

Não no sentido do amor,

Mas para que não soframos

Procedimentos de horror.



É justa a nossa repulsa,

Ao sermos escorraçados,

Pois, para a mente convulsa,

Parecemos desgraçados.



É aí que entra a prece,

Cheia de amor e bondade,

Pois de justiça carece

Quem só tem brutalidade.



Peçamos, pois, ao Senhor,

Que nos mantenha animados,

Em agir só com amor,

Nos termos mais consagrados.



Sustentemos vibrações

D’alta positividade,

Enchamos os corações

Da mais pura caridade,

Estendendo aos maus irmãos

Os carinhos mais louçãos.



Haveremos de sofrer

Repulsas, incompreensões.;

Mas, ao final, vamos ter

Profundas satisfações.



O sábio não desanima,

Co’os percalços mais perversos.;

É como quem faz a rima,

Ao completar estes versos.



Pois tudo terá seu fim,

Na hora da despedida.;

O bem façamos assim,

Seja na morte ou na vida.



Sentimos que nossos versos

Se ressentem de algo mais:

De avisos incontroversos,

De temas universais.



Mas vamos levando a vida,

Que é p’ra frente que se anda.;

Na hora da despedida,

Esteja esta vela panda.



O tempo passa depressa,

Ao nosso fim chegaremos,

Mas sacrifícios não meça

Quem trabalha com os remos.



Sabemos que, com amor,

Tudo se deve fazer,

P’ra receber o calor

De quem nos tem bem-querer.



Se alguma infelicidade

Nos deixa tristes na vida,

Julguemos, com caridade,

Quem nos causou a ferida.



Perdoar os inimigos

É conselho superior.;

Até ódios bem antigos

Se curam com muito amor.



Se, de tudo que aprendemos,

Possamos algo ensinar,

É sinal de que haveremos

Um dia de festejar.



As palavras que comovem

Se dão com simplicidade.;

E os ouvidos que as ouvem

Estão cheios de humildade.



Soam falsos nossos versos,

Falta-lhes inspiração.;

Nossos erros são diversos,

Mas nos vêm do coração.



Eu bem queria deixar

O nome dum bom poeta,

Mas iria resvalar

Na mentira ou na peta.



Meu nome não tem valor,

Mas que valha a minha rima:

Se tudo faço co’amor,

Só vou conseguir estima.



Por isso, caro amiguinho,

Fique somente na sua,

Me receba com carinho,

Mantenha sua alma nua.



Com pureza e mente aberta,

O escrevente faz a quadra.;

Se não é sempre que acerta,

São falhas da nossa lavra.



Acredite, bom amigo,

Estamos muito contente,

Por estarmos ao abrigo

Desta casa do escrevente.



É bom ter este agasalho

De quem nos ama e respeita,

Conquanto nos dê trabalho,

Pois gosta da quadra feita.



Em todo caso este treino

Tem seu dia e hora certa,

Como se diz do veneno

Que é remédio quando acerta.



Terminamos os assuntos

Dos nossos temas mais sérios.;

Rezemos agora juntos,

Desfaçamos os mistérios.



Ó Senhor Deus, no infinito,

Ouve daí nosso grito,

Que te roga por amor.;

Sabe que o povo da Terra

Quase sempre está em guerra,

E sofre com tanta dor.



Perdoa-nos nossos erros,

Suspende os nossos desterros,

Une o povo junto a ti,

P’ra que o amor, finalmente,

Dê a toda a nossa gente

A esperança que senti.



Que tuas bênçãos nos ergam,

Pois nossos olhos enxergam

Nuvens negras no horizonte,

Já que é bem grande a falência,

Em nossa desobediência,

Pois rompemos nossa ponte.



Será bom que tu nos ponhas,

Em nossas caras, vergonhas

E, na consciência, remorso.;

Assim teremos, um dia,

De aceitar tua harmonia,

Por nosso próprio desforço.



Abençoa-nos, Paizinho,

Abraça-nos com carinho,

Enxuga-nos nosso pranto.;

Faz de nós servos fiéis,

Valoriza estes papéis,

Protege-nos com teu manto.



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