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Poesias-->2. TEMORES DO AUTOR -- 05/12/2003 - 06:33 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Que Deus do Céu nos perdoe

Principiar deste jeito,

Mas não existe quem voe,

Sem um apoio perfeito.



Feita a nossa invocação,

Que nos traz tão assustado,

Bate forte o coração:

— “ Iremos ser inspirado?”



Com grande convicção,

Elegeremos o assunto:

Se o Senhor nos dá a mão,

O Universo não é muito.



Perfeita será a rima

E a estrutura deste verso,

O poema, uma obra-prima,

E o valor, incontroverso.



Entretanto, o desafio

Irá precisar de gente

Com coragem, força e brio,

Sagaz e muito experiente.



Eis aí a deficiência

Que tira o nosso sossego:

— “É preciso inteligência?

Eu perco este meu emprego...”



Além do mais, o escrevente

Fica apavorado à toa.;

Se é, por um lado, exigente,

Por outro, a alma não voa.



Exercito o meu direito

De definir a questão:

É com coragem no peito

Que se busca a perfeição.



Eis que temos, finalmente,

O verso que pretendíamos.;

Se for assustar a gente,

Era isso o que queríamos.



Não passa de brincadeira

O refrão que utilizamos.;

Noss’alma é muito “maneira”:

É com o amor que sonhamos.



Nesta vida atribulada

De farsas e desenganos,

É que vemos malparada

A passagem destes anos.



Os espíritos, no entanto,

Vêem muito diferente:

A dor é somente um manto

Que cobre a vista da gente

E que nos serve de prova

Do valor que se renova.



Se agimos com mais cuidado,

Ao demonstrar nossa tese,

É p ra dar ao encarnado

Uma ajuda que se preze.



Hoje em dia, temos medo

De expressar certas idéias:

Achamos que seja cedo

P ra extrair mel das colméias.



Mas é bom correr um risco,

Desde que bem calculado.;

Não é sempre que o corisco

Costuma cair do lado.



Prevenir os acidentes

É bom sinal de prudência.;

Se são os irmãos valentes,

Vão agir co inteligência.



O destemor é produto

Da afoiteza e intemperança.;

A valentia é conduto

Da fé, da paz, da esperança.



Vou contar-lhes um segredo

Que trago dentro do peito:

É que tenho muito medo

De faltar-lhes co o respeito.



Se, às vezes, faço gracinhas,

Se experimento um sorriso,

São graças pequenininhas

De quem tem algum juízo.



No Alto, não há mistérios

P ros espíritos de luz:

Se riem ou se estão sérios,

Vibram sempre com Jesus.



Nós, na Terra, infelizmente,

Ao perder o nosso siso,

Acreditamos que a gente

Vai perder o paraíso.



Mas é no inferno que os entes

Se debulham em seus prantos.;

Se se mostram sorridentes,

Ficam chorando nos cantos.



É forte o arrependimento

De quem agiu mal na vida:

Será maior o tormento,

Quanto mais a viu perdida.



Mas esta filosofia

Parece maniqueísta.;

Agir com sabedoria

Vai tornar-nos altruísta:

Nosso bem será o amor,

Como nos pede o Senhor.



Desfraldamos a bandeira

Da coragem e do amor:

É com alma altaneira,

Cheia de puro valor,

E com a mente faceira,

No coração, pundonor,

Que nos iremos postar

Do Senhor aos pés do altar.



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