O seu pedido aos mentores
Haverá de ser ouvido:
É no momento das dores
Que se mostra que é querido.
Jamais se afaste de nós,
Mormente em face ao perigo.;
Basta altear sua voz:
Já estamos com o amigo.
Existe um problema antigo
Que precisa resolvido?
Pô-lo-emos ao abrigo,
P ra não vir a ser ferido.
O fato é muito recente:
Faz tremer o meu amigo?
Mostre ser inteligente,
Sabendo contar comigo.
Se for questão de dinheiro,
Saberemos trabalhar,
Dando tudo por inteiro,
Nada deixando no ar.
Vamos só mais um pouquinho
Pedir-lhe para rimar.;
Atendendo, com carinho,
Tudo irá tranqüilizar.
Nervosismo é compreensível,
Quando a coisa vai incerta.;
P ra Deus nada é impossível:
“Faça sempre a coisa certa.”
A tolerância e a paciência,
Com o tempo, sempre vêm.;
Ao agirmos com prudência,
Teremos a paz também.
Um bom aviso oportuno
Pede-nos nosso escrevente.;
Não há de ficar jejuno,
Se confiar nesta gente.
Podemos, pois, imantá-lo,
P ra escrever nossa poesia.;
Não lhe daremos regalo:
Um pouco só de alegria.
Com a alma confortada,
Agirá com mais prudência.
"A coisa está malparada?"
Empreguemos a ciência...
Agitação é maldade
Que se faz ao organismo.;
P ra nossa felicidade,
Ajamos com altruísmo.
O nervosismo do dia
Forneceu-nos os assuntos,
P ra fazer nossa poesia,
P ra tudo pensarmos juntos.
Desse modo, este argumento
Apresenta-se maroto:
Se diminui o tormento,
Vai mostrar um lado roto.
Serenado o coração,
Fica clara a nossa falha.;
Dominemos a paixão,
Que muito temor espalha.
Já que não há outro jeito,
Passar o tempo deixemos:
Com grandes ânsias no peito,
O remador bate os remos.
Nestas águas naveguemos,
Bem seguros do trajeto.;
Façamos força nos remos,
P ra concluir o projeto.
Se não temos segurança,
Se é falha nossa lembrança,
Perdoemos a nós mesmo.
É preciso até perder,
P ra vaidade remover:
— Não caminhemos a esmo.
No auge desta aventura,
Com a vida malsegura,
Crê-se próximo do fim.;
Amanhã é outro dia,
Com uma nova poesia:
— Pode confiar em mim.
São palavras de esperança,
Dum futuro de bonança,
Que este grupo vem ditar.
Veja só que maravilha:
Quatro filhos e uma filha,
E uma esposa para amar!
Tudo o mais é secundário,
Como esplendor de sudário
Que já não serve ao defunto.;
Amar a Deus sobre tudo
Vai deixar o mundo mudo,
Quando a família está junto.
Falta-nos inspiração,
Mas não nos falta emoção,
Ao ditar nossa poesia.;
Se desejar melhorar,
Só mantenha o verbo “amar”
E o odor da maresia.
Estando perto do fim,
Achamos que, mesmo assim,
Falta algo que dizer.
P ra confirmar a poesia,
Mesmo falha a melodia,
Aceite este bem-querer.
Volvendo o olhar para o céu,
Tire da vista esse véu
Que lhe perturba a visão.;
Conserve o coração puro
E se sinta mais seguro
Dos bons dias que virão.
Vai haver perturbações,
Agitos e hesitações:
Nem tudo será perfeito.;
Mas a luta continua:
Impossível ir à Lua,
Sem alma dentro do peito.
É próprio da humana lida
Sobressaltar nossa vida,
Em constantes desafios.;
São as provas que se dão,
São dores no coração,
P ra nos tornar mais sadios.
Vemos que o nosso escrevente
Já se agita, impaciente,
Cansado desta poesia.;
Esperamos que o efeito
Lhe adentre fundo no peito,
Promovendo-lhe alegria.
Agradece o irmãozinho
Todo o amor, todo o carinho
Que lhe ousamos transmitir.
Fique agora sossegado,
Aceite justo o seu fado,
Confie em nós, Wladimir!
São eflúvios de bondade
Que Jesus, por caridade,
Nos permite divulgar.;
Vamos, pois, agradecer,
Com imenso bem-querer,
O sentimento e o rimar.
Deus, do céu no infinito,
Ouve quem se encontra aflito
E socorre o sofredor.;
Faze que compreendamos
Que, por muito que soframos,
É pequena a nossa dor.
Aceita, ó Pai, nossa prece,
Pois nossa fala carece
De respeito e de calor.;
Lê bem no fundo dest alma.;
Este sofrimento acalma.;
Dá tua bênção de amor!
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