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Cartas-->36. CARTA-PRECE AO CRIADOR -- 22/05/2001 - 07:44 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Meu Deus e Senhor:

Muito obrigado pela existência e pela felicidade de compreendê-la e desfrutá-la em amor.

Muito tenho hesitado em escrever-lhe algo, porque sei, segundo as formosas e nutritivas lições que recebo nesta Escolinha de Evangelização, que o Senhor conhece todas as suas criaturas, por quem vela diuturnamente, que é o modo que temos de entender a eternidade. Sendo assim, que as minhas palavras não lhe pareçam a exaustiva repetição de mim mesmo, pelos arquivos que se mantêm atualizados nos computadores celestes.

Venho, o mais humildemente que me é possível, rogar-lhe que se cumpra sua boníssima vontade junto aos homens prepotentes e insanos, no sentido de fazer que se compenetrem de que devem exaurir sua taça de fel, para que venham a merecer penetrar em seu reino de amor, após sucessivas etapas evolutivas existência afora.

No entanto, mais acima eu falo de amor e logo abaixo coloco o percalço de vidas que se perdem em promessas de sofrimento, pelo alheamento, mais ou menos consciente, dos deveres que se acham incrustados nas mentes e corações. Existem atenuantes para todos os crimes e desvios de personalidade; isto é certo. Mas também é evidente que muitos efetuam verdadeiros desafios à sua soberana vontade, porque não lhe sentem a presença ou não atinam de que o seu perdão está condicionado a uma significativa alteração de procedimento no caminho do bem e do sacrifício pelos semelhantes.

Falo em propiciar aos meus irmãos inferiores as regalias de um acompanhamento que possa facultar-lhes um desenvolvimento mais rápido; porém, devo pedir também pelos meus superiores, que se sentem meio perdidos perante o abuso do livre-arbítrio dos assistidos, como se estivessem trabalhando em vão, quando poderiam dedicar-se mais ao próprio progresso, pelo estudo sério e absorvente das leis universais e de suas aplicações práticas, segundo as nuanças, que variam ao infinito, das tendências e realizações espirituais.

Sua luz, meu Deus, se esparge constantemente, mas muitos de nós estamos completamente cegos, desde que enveredamos por trilhas escabrosas que despenhavam nos abismos dos vícios e dos males. Que esta minha minúscula incursão nas virtudes, tateando nas trevas de minha ignorância, ao menos sirva para alertar meus irmãos, conforme seus pendores, sua inteligência e sua formação moral.

A mais não me atrevo, Senhor, que esta carta-prece se assemelha a uma reprodução malfeita das aulas que fui capaz de resumir e que tão empenhadamente fiz questão de lhe endereçar, consoante o alvitre dos mestres de que a escrevesse com o coração na mão, para colher, em breve, alguns frutos das árvores cujas sementes estou plantando.

Se não fosse tão crítico e se não almejasse tão cedo a perfeição, iria postar-me lado a lado com o povo que caminha pelas ruas em procissões de fé irracional, para expressar a mesma confiança em que os meus anseios sejam atendidos, que um pouco mais de atividade intelectual irá propiciar a todo ser humano recursos para se pôr a par dos alunos desta minha classe, voltada sempre para o aprendizado da verdade, sob a condição de não olvidar jamais que o coração se sensibiliza batendo em qualquer peito.

Em nome de Jesus, nosso Supremo Mestre e Amigo, eu lhe agradeço mais uma vez, pedindo-lhe para que aceite a comprovação de meu recolhimento e de minha esperança através de meu pranto emocionado.

Assim seja!

Indaiatuba, de 28 de agosto a 15 de outubro de 1998.

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