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Poesias-->20. TREINANDO OS OCTOSSÍLABOS -- 23/12/2003 - 10:11 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estive aqui um outro dia

Para dizer: "Estou presente!"

Dei de mim mesmo uma poesia,

Para alegria do escrevente.



Hoje retorno arrependido

Por não ter feito coisa boa.;

Nem ao menos fui compreendido:

Só consegui ser bem à-toa.



Considerei um privilégio

Manter-me aceso bem ao lado.

Agora penso em sacrilégio,

Por ter meu mundo desabado.



Sei que estou muito desastrado,

Tudo fazendo sem sentido:

Estes são versos dum “quadrado”

Que nada tem desenvolvido.



Capriche, amigo, na temática,

Não titubeie nos versinhos:

Não é preciso matemática,

Para fazê-los com carinho.



Agora tenho por princípio

Que a vida passa num segundo.;

Será bem fundo o precipício

De quem não viu como é o mundo.



Vá transcrevendo, com paciência,

Não vá temer escorregar.;

Nem sempre a glória da obediência

Vai reduzir-se ao verbo “amar”.



Sempre haverá um bom momento

Para dar certo esta escansão.

Deixemos, pois, deste lamento:

Vamos sorrir, com emoção.



O tempo todo estes versinhos

Vão-se infiltrar no coração.;

Se toda rosa tem espinhos,

Como fazer p ra ser bem são?



Vou apagar uma quadrinha

Que penso estar bem infeliz.

Se fosse eu “fada-madrinha”,

Faria um gesto co o nariz.



Eu vou cumprindo co o dever

De auxiliar neste escandir.;

Caso isto prove bem-querer,

Entenda-o bem, ó Wladimir!



São estes versos tão perversos

Que levam tempo p ra fazer.

Se nossos temas são diversos,

É sempre nosso o bem-querer.



O resultado destas rimas

Pode ser visto todo dia:

Variam pouco estes climas,

É muito pobre esta poesia.



Este escrevente desconfia

Que o texto todo está perdido.

Ao terminar, é de alegria

O som que chega ao seu ouvido.



Por isso, vamos pôr um fim

A estes versos que persistem.

Se hoje o dia está ruim,

Há outros mais que subsistem.



Em sua mente, muda o clima,

Os versos chegam de repente:

Não é mais pobre a sua rima,

O tema fica bem mais quente.



Só desejávamos lhe dar

Pequena idéia desta força.;

Agora vamos terminar,

Porque esta barra há quem torça.



Querido amigo, o nosso dia

Acabou sendo bem chinfrim:

Eu não dei conta da poesia.;

Nem disse nada sobre mim.



É uma pena que tenhamos

Desperdiçado este trabalho.;

Força fizemos nestes ramos,

Mas não quebramos o seu galho.



Um outro dia, voltaremos

Melhor disposto para as rimas.;

Força faremos nesses remos,

Talvez vivamos noutros climas.



Já chega, pois, destes poemas

Que só serviram p ra treinar.;

Inventaremos outros temas

E voltaremos p’ra ditar.



Querido amigo, vou-me embora,

Pois é chegada a minha hora.

Dizendo adeus a todo o povo,

Espero, um dia, estar de novo

Bem afiado p ra esta rima,

Que um verso bom o povo estima.



Papai do Céu é testemunha

Que progredi barbaramente.

Eu tive o vício: roer unha,

Hoje não tenho nenhum dente.



A brincadeira é oportuna

Para alegrar este ambiente.;

Ao bater asas, a graúna

Só quer voar, mui simplesmente.



Se não foi bom meu desempenho,

Eu peço, humilde, o seu perdão.;

Para alegrar, não sei se tenho

Um riso bom no coração.



Contudo, espero outro convite,

Para voltar com galhardia,

P ra demonstrar meu apetite

De versejar com melodia.



Agora vou levando embora

O sofrimento deste dia,

Mas, ao Senhor, bem nesta hora,

Oro com graça, co’harmonia.



Já com saudade, eu me despeço,

Reconhecendo em pensamento

Quem bem aqui teve sucesso:

Foi nosso “mestre”, este portento!



Não fique, amigo, envaidecido:

Foi um gracejo “interessante”.;

Outro qualquer, desenvolvido,

Redundará mais elegante.



Vamos pôr fim a estes versos,

Pois terminou a inspiração:

Rimar agora com “perversos”

É demonstrar saturação.



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