A MORTE DO CORAÇÃO
(Maria Hilda de J. Alão).
Detido chega à cadeia escura,
cabisbaixo e por todos execrado,
enquanto na morgue jazia na laje,
envolto com bandagens do silêncio,
o morto, vítima da sanha cruel,
do criminoso que sem piedade
iludiu, arrastou-o para o escuro
de uma louca paixão sem limites
e com o frio punhal da indiferença
mortalmente o atingiu bem no peito.
Para recobrar o pulso não houve jeito
do Coração, que outrora era feliz,
e morto foi pelo braço bandido
do Amor ardentemente esperado.
26/12/03.
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