Siga em frente! Obedeça!
Não se preocupe conosco!
Qualquer coisa que aconteça,
Sairemos desse enrosco!
Não tenha medo de chuva:
Todos hão de se molhar.;
Mas não existe viúva
Sem esperança de amar!
Não tenha tanta certeza
Dessa sua salvação:
O ponto de tal pureza
Saberá o coração.
Não fique agitado, amigo,
A trabalhar muito em vão:
É bom estar ao abrigo
De falsa realização.
Se nós tivermos sossego,
Amor, determinação,
Algum simples escorrego
Já não terá expressão.
O mal de toda essa história
É persistirmos errado:
Jamais teremos a glória
De sermos regenerado.
Mas isto não ameaça
Quem trabalhar com denodo:
A virtude é uma couraça
Que vai proteger-nos todo.
Suportar o sofrimento
Requer alma de gigante.;
Para alguns, simples tormento
Causa dor dilacerante.
É preciso ter paciência
P ra adquirir as virtudes:
Se for forte a virulência,
As provas tornam-se rudes.
Caminhemos, lentamente,
Elevemos a noss’alma.;
Perante toda esta gente,
Transmitamos muita calma.
Saberemos suportar
Os mais rudes desafios,
Se desejarmos amar
A correnteza dos rios.
Calemos a nossa fúria,
Não levantemos injúria,
Aprendamos o perdão.;
Caso existam inimigos
A nos proporem perigos,
Estendamos-lhes a mão.
Se tivermos o desejo,
Sem que sintamos o pejo,
De maltratar nosso irmão,
Vamos pensar em Jesus,
Que, triste, morreu na cruz,
A lançar o seu perdão.
Mas a verdade é só uma:
Não existe quem assuma
Totalmente os compromissos.;
Por mais esforço que faça,
Há sempre pequena jaça
A lhe obumbrar os serviços.
Neste caso, a solução
Está na pura oração,
Dita em arrependimento,
Pois, para tudo é preciso
Que tenhamos bom juízo,
Nas decisões dum momento.
Vamos fazer um bom trato,
Assinemos um contrato
De recíproca assistência.;
Quando houver um desespero,
Sem gritos, sem exagero,
Meditemos na existência.
Aí, teremos sossego,
As ondas do nosso pego
Trarão branda calmaria.;
Todos, então, reunidos,
Faremos nossos pedidos
De paz, de luz, de harmonia.
Se nós tivermos juízo,
Teremos o paraíso,
Aqui mesmo nesta Terra.
Eis que Jesus nos ensina
A controlar nossa sina,
Na luz que o Evangelho encerra.
Vamos levando isto a custo,
Buscando não ser injusto
Com a premissa primeira:
Tem a vida o objetivo
De tornar muito mais vivo
O progresso que se queira.
Assim, foi nossa esta escolha
De tornar a vida bolha
Mui frágil e cambiante.;
Foi o nosso desafio
Deixar bem curto o pavio:
Tudo p ra nós é excitante.
Mas, ao voltar para a esfera,
Onde, justa, nos espera
A voz da nossa consciência,
Aí iremos mudar,
Como os ventos pelo ar,
Os rumos dessa existência.
Tendo, pois, conhecimento
Desse nosso atrevimento,
Comecemos a mudar
Os rumos deste destino,
Pela luz daquele ensino
Que Jesus veio pregar.
Não temos um rumo certo?
Tenhamos o peito aberto
Para todas as verdades.;
Se só fizermos o bem,
Sem olharmos para quem,
Onde estarão as maldades?
Tudo exige sacrifícios,
Mais ainda aqueles vícios
Que se devem extirpar.;
Faça, pois a sua parte,
Com algum “engenho e arte”:
Nós iremos ajudar.
Eis o nosso compromisso,
Pois nos pomos a serviço
Dos irmãos que sofrem tanto.;
É algo bem rotineiro
Que fazemos por inteiro,
Tendo n alma triste pranto.
Se quiserem compreender
Este nosso bem-querer,
Que é o assunto da poesia,
Saiba que a sua melhora,
Desde logo, sem demora,
Nos transporta de alegria.
Querido amigo escrevente,
Dizemos ser excelente
O trabalho deste dia.;
Fique agora com Jesus,
Pedindo que haja luz,
Paz, amor e harmonia.
|