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Poesias-->34. FUZARCA E SERIEDADE -- 06/01/2004 - 06:31 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Se este dia está chuvoso,

As rimas virão molhadas.;

Nosso som é cavernoso,

Nossas carnes, retalhadas.



Com auxílio do escrevente,

Já fiz a primeira quadra.;

Pelo roteiro da gente,

Não sei se ela bem se enquadra.



À guisa de treinamento,

Tudo será desculpável.;

Mas, p ra demonstrar talento,

Isto é mui pouco provável.



Já que falo de cadeira,

Vou sublimar mais o tema:

Já não faço brincadeira,

Fugindo desse dilema.



Os meus versos são fracassos,

Se se buscam obras-primas,

Pois, vindo, assim, aos pedaços,

São versos porque têm rimas.



Não vou julgar-me um sucesso,

Ao completar o trabalho,

Pois estarei de regresso:

Simples carta no baralho.



Contudo, deixo u a marca,

P ra que se lembrem de mim:

Sou aquele da fuzarca,

Querendo ser querubim.



Bons conselhos devo dar,

Para ser levado a sério:

Marinheiro vai ao mar,

Quando o mar não tem mistério.



Eis aqui um bom conselho

Que me deu agora à telha:

Carroceiro, use o relho.;

Cozinheiro, use a grelha.



São modos de discutir

Alguns temas permanentes.;

Quem só quer usufruir

Terá problemas prementes.



É farta a sabedoria

Dos que vêm p ra aconselhar:

Se tropeçam na poesia,

O médium vem p ra ajudar.



O nosso ânimo esfria,

A cada novo rimar.;

É suave a melodia:

Quase não dá p ra escutar.



Estamos lembrando o tema

Da mensagem deste dia .;

Se fizermos um poema,

Eis aí a melodia...



Corremos p ra anunciar

O fator da relação:

Não vamos deixar cismar

Quem nos dá seu coração.



Está bem certa a atitude

Que tomou nosso escrevente,

Esperando que desgrude

O tema de sua mente.



Dessa forma os nossos versos

Vão crescendo de montão.;

Se nem todos são perversos,

Mostram que temos razão.



Variando muito os temas,

Os poetas maravilham:

Nós, porque temos problemas,

As idéias só fervilham.



Sou rápido no gatilho,

Bem na hora de escrever:

Não renovo o estribilho,

Mas sei o que vou dizer.



Os amigos doutro dia

Esbanjaram seus talentos.;

Eu, p ra fazer a poesia,

Tenho só atrevimentos.



Desta forma, o amiguinho

Que apanha estes meus ditados

Vai tratando com carinho,

Como se fossem premiados.



Eu estou feliz da vida,

Acomodado em meu leito.;

Já curei tenaz ferida

Que perturbava o meu peito.



Tenho este ar folgazão

Para lhes dar a impressão

De que tudo sejam flores.;

Mas a verdade escondida

É que, na última vida,

Sofri terríveis horrores.



Mas fui fiel peregrino,

Desde os tempos de menino,

Ajuizado e honesto,

Seguindo todos os passos,

Não deixando quaisquer traços

De reprovação no gesto.



Ao chegar aqui de volta,

Vi logo minh alma solta,

Desprendida da carcaça.;

Não sofri qualquer pressão,

Mas senti forte emoção,

Ao me perceber sem jaça.



Sofrimento purifica,

Paciência santifica,

Porém, caridade salva.;

Por isso, prego contente,

Muito embora, infelizmente,

Das almas nem toda é alva.



Fugi da grandiosidade

Da eterna felicidade

Que alguns querem ter depressa.;

Sofri feito um desgraçado,

Ao perder um ente amado,

Mas pensei: — “Ela regressa.”



Demonstrando confiança,

Jamais perdi a esperança

De tê-la de volta a mim.;

Confiei na Providência,

Sabendo que essa existência

Sempre chega ao seu fim.



Estando aqui de regresso,

Averiguei o sucesso

De ter confiado em Deus:

Estavam todos reunidos,

Alguns mais desenvolvidos

Que em sua hora do adeus.



É por isso que aqui venho,

Pois belo recado eu tenho

Para todos os irmãos.;

Aceitem os compromissos,

Não rejeitem os serviços:

Sofrimentos não são vãos.



Reconhece bem o Pai

Todo aquele que aqui vai

Receber benfeitorias.;

Ao ver que fez sua obra,

A regalia redobra

De ter tantas alegrias.



Tendo cumprido o dever,

Queira o escrevente reler

Tudo aquilo que escreveu.;

Se ficar algum mistério,

Mesmo que não seja sério,

Bata um fio, que isto é meu.



Vou agora desligar,

É preciso repousar,

Depois de tanta poesia.

A Deus—Pai, no firmamento,

Elevo o meu pensamento

E agradeço este meu dia.



O meu irmãozinho médium

Vou liberar deste assédio

E volto p ra eternidade.;

Isto é só uma figura,

Já que toda criatura

Procura a felicidade.



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