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Poesias-->41. DECLARAÇÃO FINAL -- 13/01/2004 - 06:13 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A vaidade é dos pecados

Aquele que mais me toca.

Hoje vão ser molestados

Os ouvidos pela roca.



Em linguagem bem cifrada,

Eu não consigo dizer

Que não vale mesmo nada

A vaidade maldizer.



Se tivermos algum mérito,

Ele aparece na hora:

Depositemos um crédito

Neste amigo, sem demora.



Vim aqui para dizer,

Pondo às favas a modéstia,

Que se precisa crescer,

Fugindo de tal moléstia.



Meus irmãos, está na hora

De aceitar o Espiritismo:

Se o sofrer não revigora,

É hora desse batismo.



Aceitar o sofrimento

É mérito superior,

Mas fazê-lo sem tormento

Exige muito valor.



As pessoas, entretanto,

Deitadas sobre o sucesso,

Pensam vestir-se dum manto

Que as abrigue no regresso.



Por isso, agem mesquinhas,

Arruinadas por vaidade:

Pensam viver sobre as linhas.;

Mantêm-se por caridade.



É preciso ser esperto

Para sentir tudo em volta:

Jamais se julgue bem certo,

Pois insucesso revolta.



Falamos bem claramente.;

Nada escondemos, amigo:

Não perturbamos a mente,

Se mostrarmos o perigo.



Prevenir os acidentes

É, sim, dever dos antigos.

Sejamos muito pacientes:

Construamos uns abrigos.



A verdade predomina,

Quando se é bem leal.

Temos o mapa da mina:

Amor é primordial.



A virtude que declaro

Como sendo essencial

Não é bem que seja raro,

Tampouco transcendental.



Mas os seus possuidores

São pessoas especiais,

Que enfrentam todas as dores,

Sem que ouçamos os seus ais.



Qualquer dia, no futuro,

Algum espírito puro

Vamos ter na nossa frente.

Se não tivermos vergonha

— Com isso minh alma sonha —,

Vamos vê-lo diferente.



Explicações pediremos,

Pois algumas noções temos

De como será tal gente.

O amigo, então, vai dizer,

Rindo bastante, a valer:

— “É você que é diferente!”



Ficaremos indecisos,

Ouviremos os avisos

Duma consciência serena.

Só aí perceberemos

Que a virtude que trazemos

Toda maldade condena.



Irradiaremos as luzes,

Camuflados por capuzes,

Para que ninguém se iluda,

Pois saber-se superior,

Reconhecer seu valor

Só ao próprio ser ajuda.



Divulgar o próprio mérito

Será cair em descrédito,

Como diante de espelho.

O vaidoso está perdido.;

Não mais vai ser escolhido:

Suas costas comem relho.



A modéstia, entretanto,

Não perde jamais o encanto:

Deixa a todos boquiabertos,

Com vontade de dizer

Que um dia hão de fazer

Procedimentos mais certos.



Os bons exemplos arrastam.

Os maus somente devastam.

Tal escolha é toda sua.

Caso se sintam perdidos,

Rezem p ra serem ouvidos,

Pois a vida continua.



Versejar é sacrifício

Que vai tornando-se vício,

Quando o sucesso aparece.

Por isso mesmo, irmãozinho,

Toda rosa tem espinho:

Quem se fere não esquece.



Se formos continuar

Nesta arte de rimar,

É bom sejamos modestos.

Nem todo verso é perfeito.;

É preciso dar um jeito:

Moderemos nossos gestos.



Sendo assim, o treinamento

Deixa de ser um tormento:

É preparo p ro infinito,

Pois exige de nós todos

Que nos livremos dos lodos,

P ro verso ficar bonito.



Cumprimos nossa missão.

Não é forte esta ambição:

Tá satisfeito o desejo.

Vamos, pois, modestamente,

Dar a mão ao escrevente,

Que tocou o realejo.



Agradecidos ficamos

Aos serviçais que são amos,

Pela do Cristo figura.;

E ao Senhor dizemos bem

Que agradecemos também

Esta ajuda tão segura.



Agora vamos partindo,

Uns chorando, outros rindo

De eterna felicidade.

Se nem tudo foi perfeito,

Vaidade jazeu no peito:

Sufocou-a a verdade.



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