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Poesias-->1. PRIMEIRA INCURSÃO (Início de OS FRUTOS DOS NOSSOS RAMOS) -- 14/01/2004 - 06:57 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quem quer saber a verdade

Da existência do outro lado

Vai ter de olhar pela grade

Que o mantém encarcerado.







Minh’alma é luz que irradia

Cristais de felicidade.;

Meu sentimento é poesia,

Em busca da eternidade.







Meu coração canta em verso

O amor, o bem, a ternura,

Espraiando, no Universo,

A melodia mais pura.









Eis que o “Grupo da Poesia”

Finalmente apareceu,

Trazendo tanta alegria

Quantos brilhos há no céu.



Se for bem curto o pavio,

A explosão se dá em seguida,

Como a vela do navio

É pelo vento movida.



Eis bela comparação

P ra poesia mediúnica:

Sem a nossa inspiração,

Poesia é uma guerra púnica.



Vamo-nos ter de inspirar,

P ra melhorar nossa rima:

Se estamos a navegar,

Nada façamos que oprima.



Parece que o nosso irmão

Que apanha estes nossos versos

Padece do coração,

Ao fazê-los tão perversos.



É boa a desenvoltura

De quem nos apanha a quadra,

Mas, daqui da sepultura,

Nada vemos que se enquadra.



Finalmente, uma quadrinha

Saiu do lado de cá:

Posso até dizer que é minha

Do jeitinho que ela está.



Essa outra também foi

Bastante prejudicada.

Nosso amigo nos perdoe,

Mas deve ser apagada.



Mas não queremos dizer

De modo definitivo:

É só p ro amigo saber

Nosso sentimento vivo.



O conjunto nos agrada,

Posto que muito imperfeito.

É que marujo não nada

Com muito peso no peito.



Somos muito maleáveis

Quanto aos versos que fazemos:

Serão sempre renováveis

No momento em que os leremos.



Hoje estamos preguiçosos

Quanto ao tema destes versos:

Em seus estados gasosos,

Os seres ficam dispersos.



Mas os versos se estruturam,

Devagar, em nossa mente.

Sabendo que pouco duram,

Já passamos p ro escrevente.



É que são versos teimosos

Que aparecem por acaso:

Se fôssemos talentosos,

Não seria esse o caso.



Porém, as quadras que ficam

São de per si excelentes:

Ao menos elas indicam

Que nossas almas são “quentes”.



Com a ajuda do escrevente,

Fica mais fácil rimar.

Não fica o grupo contente,

Quando não quer ajudar.



Nossas quadras desesperam

Nosso amigo Wladimir,

Pois nossos temas já eram:

Não prometem bom porvir.



Facilidade não temos,

Mas alguma coisa cremos

Que irá ficar por escrito,

Para que, ao ler, alguém diga

Que a turma daqui mendiga,

Como o ser mais pobrezito.



Nós jamais daremos trela

Para alguém que só estrela

Os filmes bem humorados.

Havemos, pois, de sofrer

Apenas para dizer

Uns versos bem malparados.



A coisa sai contorcida,

Mas levamos de vencida

Desta vida os seus percalços.

Fazer bons versos suspeito

Que precisa alma de eleito,

Mas que tenha pés descalços.



É preciso ser humilde

Para se chamar Cremilde,

Sem ter laivos de revolta.;

Ou ter por nome Serena,

Mantendo a vontade plena

De trazer a rédea solta.



Suspeitou o meu amigo

Que nem tudo isto que digo

Tem fundamento vernáculo.

Saiba que, na academia,

Ao ler a minha poesia,

Era silente o cenáculo.



Vela benta e pretensão

Se acendem co a mesma mão,

Para fins bem diferentes:

As velas servem p ras almas,

P ra pretensão bato palmas:

Saem versos nos repentes.



Hão de perguntar-me agora

Se eu disse versos outrora

Parecidos co estas rimas,

Pois talvez não acreditem

Que são poetas que ditem

Estas obras pouco primas.



Se tiverem na lembrança

Uma memória que alcança

A prima quadra do dia,

Irão ver que em nossa obra

Há realmente, de sobra,

O que propôs: alegria.



Espanta-se este escrevente,

Ficando até bem contente

Com o volume dos versos:

Sempre assim, ao fim do dia,

O bom “Grupo da Poesia”,

Retira seus tons adversos.



Cabe agora agradecer

A quem cumpriu seu dever,

Ao dar a mão para nós:

Foi um gesto carinhoso

Correr risco perigoso,

Ao desatar nossos nós.



Falando bem francamente,

Conheço pouco escrevente

Tão ousado a este ponto

De prosseguir escrevendo

Algo tão despiciendo,

Sem ter qualquer desaponto.



É que parece saber

Que, se cumprir seu dever,

Irá ter a nossa estima.;

Pois fique também sabendo,

Neste verso despiciendo:

Nós com você também rima.



Eis grande complicação,

Difícil de inspiração,

Se for médium um qualquer.

Para ser nosso escrevente,

Há de trabalhar contente,

Dizendo: — “Se Deus quiser...”



Falta só pequena prece:

É justo quem agradece

Toda a ajuda do Senhor,

Que por nós tem forte estima

Sempre que se escreve a rima,

Coração pleno de amor.



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