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Poesias-->14. POR FAVOR, ACREDITE -- 28/01/2004 - 07:28 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estive aqui, outro dia,

Trazendo bela mensagem,

Mas o que era poesia

Teve logo a desvantagem

De virar tudo fumaça,

Por força duma trapaça(1).



Volto agora prevenido

Contra os males da eletrônica,

Esperando ser ouvido,

Mantendo firme esta tônica

De gravar incontinênti,

Com o quadro inda presente.



Garante-me o meu amigo

Que nada se perderá,

Já que estamos ao abrigo

Das perdas. Não se dará

Surpresa desagradável

De algo mal controlável.



Mesmo assim, lhe peço muito

Que me atenda ao pedido:

Outro dia, sofri junto,

Ao ver desaparecido

O trabalho que bolei,

Junto a esta minha grei.



Fico muito satisfeito

Por haver sido atendido.

Controlo as dores no peito,

Pois me encontro decidido

A formular novos temas,

Já que não temos problemas.



Dizia ser sofredor,

Tendo penado no Umbral.

Não se escapa de tal dor,

Quando se pratica o mal.

Por isso, ó caro amiguinho,

Ponha as barbas de molhinho.



Vou apelar p ros recursos

Que conheço muito bem:

Já fiz aqui vários cursos,

Tenho experiência também.

Mas não vou prometer muito,

Pois sou fraco neste assunto.



O que me estranhou deveras,

Ao percorrer as esferas,

Após sair dos Umbrais,

Foi encontrar todo mundo

Do poço bem lá no fundo,

A soltar terríveis ais.



Mas houve quem me dissesse

Que todo auxílio que eu desse

Reverteria p ra mim.

Fiquei, então, bem contente,

Dando mão a toda a gente:

Não queria ser ruim.



Foi bem esse o treinamento

Que me permitiu o aumento

Das vibrações mais sutis:

Na aurora da minha vida,

Tive a visão mui querida

Dos testemunhos gentis.



Martirizei-me bastante,

A lembrar, a todo instante,

Dos males que pratiquei.

Não quis ser mais responsável

Por nada desagradável

Que ofendesse qualquer lei.



Tenho agora bons amigos,

Que repartem seus abrigos,

Em feliz camaradagem.

Mas foi preciso entender

Que, p ra se ter bem-querer,

Há de se mostrar coragem.;



Pois nem tudo cai do céu,

Quando se fez escarcéu

E se perdeu o vigor:

Na vida existem doenças

Que destroem as nossas crenças

De tanto causarem dor.



P ra sustentar a eficácia,

Eliminando a falácia,

Mantendo a alma bem forte,

Havemos de compreender

Que, p ra cumprir o dever,

Há que se ter mais que sorte.



Os estudos e os trabalhos

Dão sagrados agasalhos,

Que nos protegem na morte:

Os primeiros dão firmeza,

Os últimos, fortaleza

Para encontrarmos o norte.



Tenho visto muita gente

Que, por ser bem mais prudente,

Aqui chegou sã e salva:

Sem qualquer dificuldade,

Praticando a caridade,

Tinham a alma mui alva.



Os negrumes dos viciados

Fazem deles uns coitados,

Condenados aos Infernos.

Lá ficam, em meio às traças,

A lamentar as desgraças,

Julgando os males eternos.



Cabe ao amigo escolher

O dia em que irá vencer

As provas mais melindrosas,

P ra conseguir a ventura

De alterar essa estrutura

De vidas infrutuosas.



Não vou falar das virtudes.

São poucas as atitudes

Que geram necessidades

De conhecer a grandeza

Que se transmuda em beleza:

Dom de todas as idades.



O conhecimento inato

Gera verdade, de fato,

Nos íntimos da consciência.

Ao se falar da mentira,

É dizer que o mundo gira

Ao contrário da ciência.



Todos somos imperfeitos,

Mas existem os eleitos,

Porque tiveram mais fé.

Só temos de corrigir

Os defeitos, Wladimir:

A vida dará mais pé.



Se quisermos compreender,

Não paguemos para ver:

Trabalhemos com afinco.

Ao chegar do outro lado,

Nosso empenho é festejado:

Nosso espírito é um brinco!



Eis que está em nossa mão

O prego da salvação

E o martelo do poder.

Para fazer uma caixa,

Toda madeira se encaixa:

Basta, com força, bater.



É como fazer poesia

Com beleza e melodia,

Portando tema agradável:

Há de juntar os conceitos,

Dando exemplos com os feitos

De valor incomparável.



Nós mesmos, que aqui estamos

Tirando frutos dos ramos,

Com grande felicidade,

Já penamos muito um dia,

Tentando fazer poesia,

Com os crimes da maldade.



Mas o mais que conseguimos

Foi deixar os que ferimos

Revoltados contra nós.

Foram muitas correrias,

Acabando co as poesias:

No final, ficamos sós.



Por isso, caro escrevente,

E também toda essa gente,

Coloquem um pé atrás.

Se for de vidro o telhado,

É melhor ficar calado

E manter o mundo em paz.



Se o telhado for bem feito,

Há de existir outro jeito

De alcançar os inimigos.

Recomendamos Jesus,

Que os perdoou lá na cruz,

Mostrando-lhes os perigos.



De qualquer forma, uma prece

Sempre demonstra quem cresce

Em esperança e amor.

Ergamos os pensamentos,

Sem escolher os momentos:

São as bênçãos do Senhor.



Vamos dizer, finalmente,

Que o grupo ficou contente

Por tudo ter dado certo.

Ninguém está preocupado

Com ficar aqui calado,

Mas de olho bem aberto.



Vamos estudar de novo,

Para dar a todo o povo

Outros temas nestes versos.

Não vamos fazer promessa

Para atiçar nossa pressa:

Não queremos ser perversos.



Vou pedir à Dona Núria(2)

Que contenha a sua fúria

Por prendê-lo aqui conosco.

Se se negar ao pedido,

Nada será resolvido:

Fico preso neste enrosco.



Mas, não sendo ela nervosa,

Há de receber a rosa

Que lhe trago com respeito.

Creia que, sinceramente,

Acho eu tudo excelente

Em seu coração eleito.





(1) Ver 12. Fragmento e nota.

(2) Esposa do médium.



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