No dia do aniversário,
Vamos meditar um pouco:
É movimento contrário
Deste nosso agitar louco.
Nossa alma é pequenina,
Nossa esperança tem fim,
Mas é Jesus quem ensina
A fugir do que é ruim.
Pensemos em nosso lar,
Que nos abriga e conforta,
Mas também vamos lembrar
De quem bate à nossa porta.
É com doce atrevimento
Que pedimos uma prece,
Para fixar o momento
Que esta alegria oferece.
Abracemos os amigos
Em confraternização,
Mas pensemos nos antigos
Que, p ra vida, dão razão.
Confortemos os que choram
Por dolorosas lembranças,
Ao dizer que todos moram
Em colônias de esperanças.
Deus a todos faz justiça,
Distribuindo os seus bens:
Não tiraria da liça
Quem mereceu parabéns.
É dessa forma que agora
Suas bênçãos caem dos Céus,
Para demonstrar que é hora
De romper da vida os véus.
Vamos pensar nos aflitos,
De quem ouvimos os gritos
Por todo canto da Terra,
Pedindo a Jesus que faça
Com que entendam a desgraça
Que duras provas encerra.
Serenado o coração,
Estendamos nossa mão
A quem nos dá tanto amor.;
E cantemos, bem feliz,
A canção que mais condiz
Co as graças do Criador.
Hoje o dia está mais curto
Para os repentes da prosa:
É que a poesia, em seu surto,
Surge bem mais poderosa.
À guisa de treinamento,
Vamos fazer mais uns versos,
Livrando d alma o tormento
De sabê-los bem perversos.
Esta marca é registrada
Junto aos mestres da “Escolinha”:
Parece não valer nada,
Mas demonstra a nossa linha.
É que o treino segue firme,
Sem dar trégua a este rapaz,
Que esperamos que confirme
De firmeza ser capaz.
Não vamos esmorecer,
Ao cumprir nosso dever
De médiuns bem avançados:
Vamos receber o influxo,
Sem propiciar o refluxo
A quaisquer comunicados.
Concentremos energias,
Ao apanhar as poesias,
Que de bom trazem as rimas.
Sentiremos forte gozo,
Se algum poema formoso
Temperar os nossos climas.
Demonstrando bem-querer,
Vamos dar fim ao dever,
Que hoje esteve comportado.
Não tivemos grandes dramas
Ao cumprir nossos programas:
O que falei tá falado.
A crítica está por conta
De todo aquele que aponta
Só as falhas, não os méritos.
Quanto a nós, vamos levando
Mui serenos, aguardando
Contabilizar os créditos.
Queremos que este escrevente,
Dando ouvido à nossa gente,
Faça as contas do sucesso,
Comparando esta poesia
Co a primeira melodia,
P ra saber se houve progresso.
Achamos tudo isto lindo.
Vamos, assim, prosseguindo,
Sem esforço, sem trabalho,
Vibrando um pouco mais forte,
Para dar ao “mestre” o norte:
Que não se perca em atalho.
Às vezes, pára um pouquinho,
Pois duvida do caminho:
Acha difícil a rima.
Mas prossegue alegremente,
Ao conhecer que esta gente
Está pronta, sempre em cima.
As soluções o surpreendem,
Pois muitos versos nos rendem
Os termos mais empregados.
Assim são “versos/perversos”
E “diversos/universos”,
Mais outros assinalados.
Foi-se embora a Dona Núria
Para desfazer a incúria
Duma vida sedentária.
Foi fazer sua ginástica,
Para melhorar a plástica,
Já que da banha é contrária.
Peço-lhe que me perdoe
E que o seu carinho doe
A quem só quer agradar.
Não me chame intrometido:
É que fui muito atraído
Pelo amor neste seu lar.
Dê força ao seu coração,
Orando com devoção
Por mais sucessos na vida.
Estão chegando os momentos
Em que graves pensamentos
Hão de receber guarida.
Mas, para quem acha sério
Solucionar o mistério,
A nossa presença ajuda.
Por isso, mostre fervor
Ao seu alegre instrutor,
Para que em seu carma acuda.
A Deus volte os pensamentos,
Ao enfrentar os tormentos
Que contém cada destino.
As dores serão um nada,
Caso noss’alma for dada
A cantar da vida o hino.
Abraçada ao Wladimir,
Espere um doce porvir,
Na companhia dos seus.
Todos os familiares,
Que se contam aos milhares,
Estarão aos pés de Deus.
Aceite este nosso canto,
Com um pouquinho de encanto,
Pois foi feito com estima,
Mas perdoe a Dona Núria,
Se nos lembramos da fúria:
É difícil esta rima!
Vamos dar por terminado
Este dia descuidado
De poesias muito prosas.
Agradecendo ao Senhor,
Vamos rogar-lhe, co amor,
Suas bênçãos generosas.
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