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Poesias-->25. MINHA ÚLTIMA VIDA -- 08/02/2004 - 08:12 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Controlava a situação,

Pensando estar tudo bem.

Dava ouvido ao coração:

Tudo estava cem por cem.



Mas a consciência dizia

Que fosse bem mais prudente:

Base da sabedoria,

Que eu estimasse mais gente.



Por um tremendo egoísmo

Punha o meu mundo a perder.

Capaz de grande heroísmo,

Só pensava no dever.



Entretanto, um grande amor

Surgiu-me no auge da vida,

Dispondo em plano inferior

A tese que era seguida.



Conheci o que é paixão,

Na forma mais dolorosa:

Era forte a sensação

Dos espinhos sem a rosa.



A mulher por quem vibrava

Não me deu nenhuma trela,

Inclusive, ficou brava

Por ter caído por ela.



É que as rodas do destino

Pregou-me terrível peça:

Tinha um amante assassino

A quem tinha amor à beça.



Precisei me recolher,

Curtindo meu sofrimento.

Já não cumpria o dever,

Sem um forte desalento.



Aos poucos, fui compreendendo

Essa vida sem sentido,

Pois o mundo é muito horrendo,

Sem amor correspondido.



Foram anos de terror,

Com a vida em sobressaltos.

Quisera ser superior,

Pondo o ideal lá nos altos.



Mas a triste conjuntura

Apontou-me outro caminho:

A Doutrina mais segura

Para quem falta carinho.



Penetrei no Espiritismo,

Pensando alcançar ajuda,

Mas não foi por altruísmo:

Que o bom leitor não se iluda!



Desejava algum trabalho

Que me ferisse o oponente,

Mas me deram agasalho,

Num sentido diferente.



Demonstraram muitas dores

Muito piores que as minhas:

Em mares de sofredores,

Meus males eram gotinhas.



Se eu quisesse ser feliz,

Que seguisse a diretriz

De dar amparo aos amigos.;

Qualquer hora, eu sentiria

Acabar minha agonia,

Sem enfrentar os perigos.



Resolvi obedecer,

Sem descurar o dever,

Juntando um pouco de amor.

Já via em outras pessoas

Qualidades muito boas.

Estava a me recompor.



A paixão foi esquecida,

Pus alguém em minha vida,

Quis ter outras esperanças.

Constituí o meu lar,

Pronto para agasalhar

Uma porção de crianças.



De novo fui surpreendido,

Por não ter sido atendido

Nos desejos mais veementes.

Para não desesperar,

Acrescentei ao meu lar

Alguns petizes carentes.



Foi a minha vida assim,

Do princípio até o fim,

Um desejar sem sucesso,

Mas aprendi que é fraqueza

Não convidar para a mesa

Quem tem fome de progresso.



Não consegui quem eu quis,

Mas terminei bem feliz,

Cercado por benfeitores,

Pois cada amiguinho meu

A bondade agradeceu,

Suprimindo as minhas dores.



Ao retornar ao etéreo,

Quis desfazer o mistério

Dos amores que perdi.

Fui, então, esclarecido

Que havia eu escolhido

Justo os males que sofri.



Eram problemas antigos,

Revides dos inimigos

A quem causei muitas dores.

Foi preciso resgatar,

À custa de algum penar,

Os débitos anteriores.



Hoje agradeço aos amigos

A proteção dos abrigos

Dos corações generosos.

Indo em busca do assassino,

Vou mandar em meu destino:

Não vou pedir outros gozos.



A minha amada de outrora

Será como a luz da aurora,

Que ressurge a cada dia.;

Estrela no firmamento,

Causando deslumbramento:

É tema para poesia.



Já se desfez a ilusão,

Está livre o coração

Para os embates da luta,

Contudo, se for preciso,

Indicar-lhe o paraíso,

Tenho a alma resoluta.



Gostaria de dizer

Que é preciso bem-querer

P ra sentir a vida plena,

Que a dor faz parte do jogo,

Que é normal lançar o rogo,

Nos combates dessa arena.



Ao final, vem a vitória

(Não há vencedor sem glória):

Deus é pai de todos nós.

Basta seguirmos Jesus,

Em seu caminho de luz,

E modular nossa voz.



Só pretendo agradecer

Quem se dispôs a escrever

Estes versinhos p ra mim,

Mesmo sabendo perversos,

Com assuntos controversos,

Conduzindo a este fim.



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