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Poesias-->5. O MEU COMPADRE -- 19/02/2004 - 08:56 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


É sagrado o treinamento

Que fazemos da poesia.

Jamais nos diga: — Eu lamento

Estar aqui todo dia.



Vamos, então, prosseguir,

Lépidos como coelhos,

Transferindo ao Wladimir

Nossos melhores conselhos.



Quem quiser participar,

Ajudando nestes versos,

Basta só se apresentar,

Sem pensamentos perversos.



A notícia que queremos

Ver aqui assinalada

É que não existem demos,

Quando a hipocrisia é nada.







Faleceu o meu compadre,

Um santarrão do pau oco,

Mas, antes, chamou um padre,

Dando-lhe o último troco.



Cá chegou na pindaíba,

Caindo logo no Umbral.

Queria subir p ra riba,

Não podia: estava mal.



Pôs-se, então, a imaginar

Como iria progredir,

Querendo o padre acusar

De ter doirado o porvir.



Falava muito em justiça,

Pensava que estava certo.

Velho hábito, a preguiça

Deixava o bem encoberto.



Chegou a pensar em Deus,

Mas arrepiou caminho:

Se não cuidara dos seus,

Se não lhes dera carinho...



Principiava a consciência

A revelar a verdade:

Era a justa conseqüência

P ra quem pratica a maldade.



Pensou na igreja da Terra,

Nas esmolas que lhe deu,

Percebeu o quanto erra

Quem só quer comprar o Céu.



Hoje sofre arrependido,

Pois não conseguiu sossego.

Quer voltar, mas eu duvido

Que tenha ao bem muito apego.



Quando o protetor lhe disse

Que era preciso estudar,

Desconversou, contradisse:

Só pretende reencarnar.



O compadre é bem teimoso,

Não sofreu o suficiente:

Da carne deseja o gozo.

Talvez volte bem doente.



São injunções desse carma

Que põem mistérios na vida.

Quem co a verdade se arma

De progredir não duvida.



O sofrimento presente

Pode ser atroz remédio,

Que nosso coração sente

Como do carma o assédio.



Quer o homem dominar

Os cordéis de seu destino,

Mas quem põe barco no mar

É p ra receber ensino.



Vamos, pois, agradecer

Toda nossa desventura:

Se cumprirmos o dever,

Noss alma será mais pura.



Conversei com o compadre,

Quis saber o que queria.

Queria encontrar o padre

Que lhe tirou a alegria.



Perguntei o que faria

Com tal oportunidade.

Disse-me que lhe daria

A mesma “felicidade”.



Não gostei dessa resposta

E lhe disse francamente.

Respondeu-me: — “Se não gosta,

Diga o que lhe vai na mente.”



Foi, então, que começou

A jornada do saber.

Para encurtar, hoje eu vou

Pedir-lhe p ra compreender

Este poema que estou

Terminando de escrever.



Espero em Deus, finalmente,

Que aceite a lição do Pai,

Pois voltar a ser semente,

Com certeza, ninguém vai.



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