“Caminhando com Jesus”,
Em sua esteira de luz,
Irá levar-nos ao Céu.
São aves-do-paraíso
Que mostraram ser preciso
Deixar cair nosso véu.
Nesta esplêndida jornada,
Se a poesia fosse nada,
A vitória estava certa.
É que o texto dos amigos,
Aos moldes dos mais antigos,
Deixou-nos a mente aberta.
Não somos de elogiar,
Mas não há que duvidar
Dum texto bem superior.
Se tivéssemos juízo,
Prenderíamos o guizo,
P ra avisar nosso leitor.
São aves de arribação,
Aproveitando o verão,
P ra estagiarem felizes.
Logo, logo, vão embora,
Pois já está chegada a hora
Para novas diretrizes.
Assim é tudo na vida,
Que ao progresso nos convida,
Avançando sobre o bem.
Depois desta aprendizagem,
Vamos sentir mais coragem
P ra estagiar mais além.
Se estivermos com Jesus,
Ao carregar nossa cruz,
Ficaremos bem contentes,
Pois é sinal quase certo
Que o progredir está perto,
Sendo boas as sementes.
Mas, se falharmos na vida,
Haverá outra saída
No plano da eternidade:
Deus é pai muito bondoso,
Que não negará o gozo
De eterna felicidade.
Tudo está em nossas mãos:
Não sejam os versos vãos,
Em contos da carochinha.
Se são perversos os temas,
Se são fracos os poemas,
Há verdade em cada linha.
Nós temos de compreender
Que auxiliar é de dever,
Na conta de obrigação.
Mas, para ser superior,
Só quem age com amor,
Dilatando o coração.
Nos embates permanentes,
Hão de ser mais que excelentes
Os que não pensam em si,
Dando tudo aos seus irmãos,
Estendendo-lhes as mãos,
Hão de dizer: — “Eu vivi!”
Ao chegarem ao etéreo,
Já não haverá mistério,
Somente alegria, amor.
Haverá necessidades,
Mas as grandes crueldades
Terão passado, sem dor.
Abrir-se-á o futuro
Escondido atrás do muro
Das nossas ignorâncias.
Conheceremos as leis
Que fazem dos pobres reis.
Findam-se as extravagâncias.
O pelejar é mais forte,
Mas já temos nosso norte,
Nos ensinos do Senhor.
Trabalharemos felizes,
Cumprindo-lhe as diretrizes,
Saturando-nos de amor.
Esse é o eterno devir,
Pois a nós cabe servir,
Mesmo sendo os derradeiros.
Vamos deixar aos amigos
Que ocupem os bons abrigos:
Não sejamos os primeiros.
Deus há de reconhecer
Quem cumpriu o seu dever,
Na mente e no coração.
Ninguém nunca ouviu dizer
Que existisse bem-querer,
Sem que houvesse redenção.
Vamos encerrar agora,
Precisamos ir embora,
P ra deixar o irmão em paz,
Que é preciso que ele estude
P ra conhecer a virtude
Que o “Nosso Lar” hoje traz.
Resta só agradecer
Ao Senhor o “bendizer”
Das palavras que termino.
Se tivesse inspiração,
Rezaria uma oração,
Dando-lhe forma de hino.
Rezarei um padre-nosso,
Pois mais que isso não posso,
Sem cometer vitupério.
Faz pouco saí do Umbral,
Onde curti todo o mal.
Pensem nisso: eu falo sério!
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