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Discursos-->5. O CAMINHO DA EVANGELIZAÇÃO -- 06/06/2002 - 05:35 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Até agora a definição que vimos propondo esteve condicionada a conhecimento moral disseminado vulgarmente entre todos os homens. Seu sentido mais profundo se encontra nas páginas da Bíblia destinadas à propagação da fé em um mundo novo, fé no Cristo e em sua igreja.

Os homens mais temerários seguiram-na, cumprindo-lhe os mandamentos. Uns poucos conseguiram nível de sublimação muito superior, santificando-se em vida terrena. A grande maioria conseguiu redenção relativa, superando os pequenos crimes, através de compreensão evangélica de sentido bem amplo, mas não total. Outros desdenharam-na, simplesmente, e continuam perpassando por encarnações, cada vez mais tristes e mesquinhas, perdendo o impulso para sua recuperação espiritual. Por isso, estamos pregando volta integral ao evangelho.

O bem final, a salvação da humanidade, depende da vitória de cada um sobre os arremessos do mal. É necessário sobrepujar com ardor essas forças poderosas, lendo, estudando, meditando e praticando o evangelho. Essa prática, no entanto, tem de ser feita por amor ao próximo, por benemerência espiritual, por completo desprendimento dos fascínios terrenos. Quantas vezes impulsos de grande valia se perdem, desviados para os descaminhos obscuros da glória carnal! Uma vez desencaminhado o espírito, de nada lhe poderá valer o evangelho, que passa a ser motivo de gracejo, de menosprezo até.

As verdades do Cristo são compreensíveis. Mesmo que os milagres confundam, é preciso analisar friamente o procedimento subjacente que se quer propugnar. A luta, para isso, será grande, mas profícua. O bem alcançado virá na forma de pequenas vitórias pessoais e familiares, de sorte que o mundo se reconstruirá pela família. O auxílio espiritual será positivo, no sentido de facilitar aos homens o conhecimento daquelas verdades.

Tudo, porém, dependerá de sadia compreensão da necessidade vital que o mundo tem desse conhecimento evangélico, senão desaparecerá a humanidade, tragada pelo desatino e insensatez dos que não vêem diante de si mais que seus próprios interesses espúrios.

O homem sofre sem saber. Sua compreensão do sofrimento está subjugada a sistema de vida falho, em que a felicidade lhe é colocada como fator de perenidade na vida. "Aproveitar a vida" é “slogan” que passa de geração para geração, por força das guerras em que cada uma se mete. A aquisição do bem lhe será facultada, mas caberá a cada um refletir a respeito do que melhor lhe possa convir. Quando a humanidade tiver refletido, conseguirá ultrapassar os limites frágeis de sua personalidade carnal e poderá adentrar luminosamente os páramos celestiais da vida moral.

O trabalho que lhes pedimos é grande, penoso — mas não impossível. O proveito será imperecível, sem retornos. A tragédia doméstica de cada um é tormento crescente. Evitar é fácil: basta instituir o estudo regular do evangelho em cada domicílio. Os espíritos velarão para que os ensinamentos se incorporem ao procedimento de cada hora, possibilitando vida mais saudável, mais resignada à dor, mais feliz (no sentido que estamos propondo).

Vivam em harmonia com a natureza, sob o amparo do evangelho. Façam dela sua amiga, sua companheira de infortúnios. Eliminem os ardores apaixonados pela vida terrena. Recorram aos ensinamentos do Cristo. Abandonem os queixumes onerosos da falta de bens materiais. Sejam ambiciosos, mas cultivem ambição de amor, de justiça e de caridade. Reneguem as vicissitudes do corpo e aprendam a cultivar a alma, com verdadeira fé e esperança na redenção da humanidade.

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