O galo, no seu puleiro,
o urubu, no seu galho,
no concreto, engenheiro,
ao jogador, o baralho.
A parreira, no quintal,
a pintura, no salão,
o burro, no arraial,
na padaria, o pão.
No estádio, a torcida,
na camisa, jogador,
na contusão, a ferida,
no banco há um pintor,
que nunca foi jogador,
mas que sabia pintar,
perdeu o hexa, sem dor,
ao Brasil representar.
Melhor exemplo não há
pras empresas que produzem;
cada qual no seu lugar,
antes que os "gatos" abusem.
O raciocínio concreto
do engenheiro civil
constrói o prédio ereto,
que irá virar covil.
De covil nada entende,
mas se mete a leão.
A revolta se acende,
começa a confusão.
O capital do patrão
muda de comportamento;
erro na aplicação:
leão no investimento.
Pior fica o leão
na gerência de pessoas:
há falhas de coração,
surgem as primeiras loas.
Vem a manipulação:
vem o falso elogio,
a boa adulação,
do que sempre me vigio;
também vem a negação
do que você é capaz;
pra causar irritação
basta ser pouco mordaz.
Outra ora ele muda,
diz que você tudo pode,
querendo sua ajuda;
e seu coração sacode.
Pior será se você,
por falta de humildade,
os colegas à mercê,
aceitar a "novidade".
Todo mundo está vendo
que você só sabe parte
do que ele vai dizendo
sem compreender da arte.
Ficam todos de palanque,
antevendo o fracasso,
ou o implante d’arranque,
que gera maior mormaço.
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