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Contos-->O anjo -- 08/10/2003 - 14:08 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Resolveu testar o grau de sensibilidade da sua terra natal, hoje metrópole, asfaltada, gente empoleirada nos edifícios que pululam na cidade grande.
Caminhou decidido para a zona central e, próximo a um viaduto, construído sobre duas vias de muito movimento, agarrou-se a um poste e gritou :
- Valha-me Deus!
Os passantes, assustados e apressados, temendo tratar-se de um louco ou de um assaltante, afastavam-se dali, enquanto ele colocava a m]ão no peito esquerdo e fingia estar sofrendo um enfarte violento.
Seu rosto apa rentava dor profunda e muita angústia.
Foi caindio lentamente. Ninguém parava.
Finalmente, caiu. Ficou ali de olhos semicerrados.
Comentários dos passantes:
"É um bêbado irresponsável, embriagado em plena segunda-feira!".
"Deve ser um ataque de epilepsia, em conheço isto".
"Aposta como é um ladrão, estã fingindo para atrair sua atenção".
"Cuidado, pode ser uma moléstia contagiosa".
Mas, ninguém tinha um minuto para propiciar alguma ajuda.
Não sabe quanto tempo ficou ali, deitado ao sol do meio dia, ouvindo os comentários disparatados e o ronco dos motores de centenas de carros que cruzavam as duas avenidas.
Num dado momento, ouviu uma vozinha de criança:
"Moço, posso ajudar?".
Abriu os olhos e viu um rostinho de uma menina de uns dez ou doze anos, parecia um anjinho.
Falou com a voz fingidamente sumida e débil:
"Sim, chame uma ambulância, estou passando mal".
A menina sorriu, rumou na direção do posto médico que ficava próximo dali.
Quando a menina desapareceu, levantou-se sem pressa, limpou as calças com as duas mãos e saíu andando vagarosamente tendo no pensamento a idéia de quem quer ir muito longe precisava sofrear os passos.
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