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Discursos-->12. O CAMINHO DA MEDITAÇÃO -- 13/06/2002 - 05:40 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ao adentrar o homem no mundo da fantasia criado por sua imaginação vigorosa, não vê que se desvia da rota do dever traçado pela Divindade para sua existência carnal. Quando souber superar as deficiências intelectuais que esse fato representa, poderá usufruir os benefícios grandiosos da fé fundamentada em raciocínios lógicos, próprios da essência humana. O homem é raquítico em seu pensamento, diante do desenvolvimento soberbo que os espíritos podem adquirir. Somente trabalho honesto e persistente, sem esmorecimentos, poderá constituir-se na alavanca que movimentará o homem no sentido da verdade.

Todo esse preâmbulo nos serve para dedicar algumas linhas à experiência humana no campo da meditação. Ao meditar, o homem mescla noções provindas de seu coração com os dados de seu cérebro, organismo extremamente complexo, pleno de ramificações que elevam para a espiritualidade. Simbolizamos no coração as paixões humanas, desde as mais funestas até as mais sublimes, as que enobrecem o procedimento e tornam os heróis credores da admiração de todos, através de desprendimento que não é dado ao homem comum executar.

Ao se instalar diante de trabalho intelectual, normalmente, o homem busca reconhecer quais princípios morais deverão nortear a confecção de sua obra. Quem menospreza esses princípios não está atendendo à lei de Deus. Depois, ao lucubrar as condições sob as quais sua obra será redigida, passa a valorizar os mecanismos intelectuais que melhor se ajustem em nome da coerência interna que deve o trabalho apresentar. Em seguida, cuida do tema com extraordinária virtude intelectual, estudando seriamente os limites de sua compreensão e de sua extensão, acalentando o desejo de ampliar o domínio da matéria no âmbito do conhecimento humano. Para isso, lê muito, estuda muito, pesquisa muito. Sua atividade torna-se intensa e sua dedicação ao trabalho é deslumbrante. Nesse momento, o homem pode comparar-se a verdadeiro automedonte, na faina de armazenar energias para o seu desempenho físico e mental.

Mas tudo isso é perfeitamente dispensável. Se o homem se ativesse a proceder com justiça, por amor do próximo, veria que tudo que deseja comprovar com seus maravilhosos estudos facilmente se contém em mera página dos Evangelhos, que tudo contêm. Os Evangelhos são, para os homens, a verdade e a vida, pois encaminham para Deus, ao reavivar Jesus em sua peregrinação carnal.

Desde remotas eras, o homem se ateve tão-somente ao seu comportamento na tentativa de subsistência. Só recentemente, com o advento da imprensa e com o barateamento de custos das obras impressas, é que se pôde valorizar a tarefa intelectual. Tal valorização, contudo, esteve, muitas vezes, presa a interesses mesquinhos de manutenção do “status quo”. Atualmente, o papel é utilizado de todas as maneiras possíveis, desde as publicações imorais e pornográficas, até a pregação religiosa e moral mais profunda. Por isso, deve-se ter cuidado com a leitura. A seleção das obras deve pautar-se por atitude de fé e de esperança, na procura incessante de bens morais e espirituais. Precaver-se contra os escritores licenciosos, perniciosos, insensatos, imorais, é tarefa que todo homem de fé cristã deve levar a sério. Não é de pequena monta a perdição que causam tais publicações. Elas inspiram desejos apaixonados de luxúria, de gula, de luxo, de desleixamento vibratório em campo que deveria ser unicamente tomado pela contrição da prece ou pela meditação a respeito dos bens maiores.

Quantas horas de imaginosa felicidade não são dedicadas às bestialidades grosseiras manchadas no papel impuro dessa imprensa negra! Quantos arremessos puros se esquecem no fundo das consciências, quase sempre jovens, em detrimento de atos que poderiam revigorar a alma e congraçar os homens em torno de ideais mais saudáveis e honestos! Esse crime contra a juventude será cobrado em sua justa medida. Seus responsáveis serão punidos com o inferno moral das cavernas mais profundas do báratro e expiarão, lúcidos em sua consciência arrependida, o “pecado” maior de lançar a desorientação no espírito da juventude. Devem estas palavras ser estendidas também aos professores que, vergonhosamente, pregam a vagabundagem, a ignorância e a desfaçatez moral.

Quem for cristão, que estude esta mensagem com muito carinho. Que renegue a imoralidade contida nesses impressos escritos sob a influência de espíritos obsessores, que ativam a ganância da fartura que a ingenuidade juvenil representa. O poder econômico dos jovens é fato. Sua exploração é ciência entre os homens. Não devem os homens que buscam vida intelectual (escritores, por exemplo) acender essa paixão através do sacrossanto simbolismo de que é capaz a comunicação lingüística. Atentem, homens do intelecto, para os males que estão produzindo. Moderem seu cometimento no mundo da imaginação e da fantasia. Arrefeçam seu ânimo exacerbado e meditem mais profundamente na verdade de Deus e menos nos descaminhos sociais, psicológicos e morais do homem.

O jovem não sabe transferir com precisão os conhecimentos e toma a figura, a imagem, pela idéia, passando a agir em concreto, de acordo com prescrições realizadas apenas em abstrato. Cabe aos professores ser o dique para essa turbulência carnal com que desperta para a vida a juventude. Cabe aos professores selecionar as leituras. Devem meditar profundamente a respeito da excelsa carreira que abraçaram e tomar a peito a obra de benemerência e de abnegação empreendida. Só assim a juventude adquirirá forças morais e espirituais para suplantar essa mole de indecências escritas, que, em avalancha incrível, os linotipos eletrônicos arremessam, quais crateras de imensos vulcões de ignominiosas lavas. O ministério docente é sublime. Não deturpem com seu procedimento essa tarefa divina. A obra dos escritores é grandiosa. Não maculem com desregramentos fantasiosos esse dom intelectual que poucos possuem.

Aos pais, a tarefa de vigiar em casa as leituras. É pena que nem todos tenham adquirido discernimento para isso. Aos que são esclarecidos, no entanto, pede-se atenção profunda. Não caiam na ingênua suposição de que os jovens tenham de adquirir experiências variadas para capacitarem-se a discernir com segurança o joio do trigo. Eles não desenvolveram satisfatoriamente o senso crítico, de modo que não sabem pautar seu comportamento pelos princípios corretos da moral. Ao contrário, é preciso ensinar-lhes esses princípios, com toda a clareza, e é preciso discuti-los exemplificativamente, tomando da vida real os modelos. Só assim e então poderão solicitar-lhes leitura séria, sadia, meditada, profunda, das obras de moralidade e de luz que os irmãos da espiritualidade estão comunicando. Só assim e então poderão ufanamente dizer que seus filhos estão trilhando caminho de excelsa glória em direção da vida.

O caminho da meditação está aberto. Sigam-no com o coração leve e com a inteligência plena de sabedoria. Esqueçam as paixões e reergam os padrões de comportamento intelectual puro, em busca de descortino e de compreensão da verdade. Apliquem-se ao estudo e escrevam suas obras, fundamentando-as nos ensinamentos morais do Cristo. Tomem por tema o homem em sua grandiosidade espiritual. Dissequem a vida social, mas atentando para que os interesses de exploração da credulidade alheia não se interponham. Homens de espírito, vivenciem em suas obras, sem fantasias, sem exacerbações imaginosas, a grandiosidade da obra de Deus. Unam-se a Deus em luz e serão benditos. A tarefa é difícil, porque aos homens inteligentes é dada carga maior para suportar, uma vez que enxergam por cima das cabeças de seus irmãos. A inteligência é um bem, no entanto, que pode e deve ser utilizado em favor dos serviços de Deus. Escrevam para a juventude, no intuito de realizar obra que se harmonize com os ensinamentos evangélicos.

Aos jovens cabe compor sua personalidade com os elementos da humildade que sua razão dócil possa vislumbrar. Jovens, aprendam a viver com o Cristo no coração, para que suas paixões se santifiquem. Acreditem na luz que emana de nossas comunicações e busquem desenvolver sua inteligência, em sintonia com o procedimento que a fé no Cristo lhes propiciará. Reneguem a imaginação, afastem as ilusões fantasiosas que sua infância tão carinhosamente acalentou. Vivam a vida real, para usufruir a paz dos homens de boa vontade.

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