É esta ânsia
Que esta me matando.
Não há palavras.
Só uma tontura,
Uma tremura
E um desespero.
Nem que eu enchesse mil páginas
É físico no psíquico,
O corpo estranhando a mente.
Em que profundidade estou agora?
Em que tempo?
São tantas coisas que me ocorrem.
São tantos pensamentos ao mesmo tempo.
Mas eles não me socorrem.
Só me pervertem.
Tinha que gostar, que acertar,
Tinha que melhorar, que aumentar,
Tinha que abandonar, que matar,
Tinha que amar, que amar,
Tinha que ser agora, ou outrora,
Tinha que falar, que calar,
Que calar, que falar,
Tinha que ver, que escutar,
Tinha um lugar pra ir, outro para estar,
Tinha que lamentar, que desculpar,
Tinha que ser forte, que passar,
Tinha que ser você, que ser aquela,
Quem sou eu, e por que?
Por que isto ou aquilo?
Por que lágrimas agora?
Por que risos? Não é hora.
Alguém me mate, me suture.
Alguém me trate, e vá embora.
Que eu estou louco, sem ser louco.
Caindo, estando parado.
O que é certo e errado?
Que carne é esta que vos escreve,
Que sente e angustia e complica?
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