Usina de Letras
Usina de Letras
318 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62176 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->23 -- 08/09/2004 - 13:15 (Poeta Maldito) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como pagar a dívida da existência?

Só se paga com a morte. ...





Ele acorda

Primeiro que a mulher.

Banha-se em seu belo banheiro.

A água morna e quente.

Quando sai, a mulher o espera.

Dá-lhe um beijo e serve o café.

Mesa farta, tem sucos,

Laranja e uva.

Tem queijo, fortes e fracos.

Tem pães, de vários sabores

E várias texturas.

Mas uma certa falta de apetite...

Deixou de lado a mesa

E foi logo levar os filhos

Para aquela escola.

Dois filhos, um casal,

Tão belos e gentis.

Entram todos no carro.

Não o último modelo,

Mas o que ele achava melhor.

Tão espaçoso que levaria mais dois filhos.

Negro e resplandecente.

Contudo, uma potência faltava ali.

Os filhos riam e contavam histórias

No caminho da escola,

Mas ele não escutava.

Uma certa falta de paciência

O espreitava.

Não era comum, ser paquerado

Mas naquele dia,

Uma mulher que o olhava sempre ao longe

Veio até ele

Quando os filhos já estavam na escola.

Disse-lhe que era lindo

E há muito tempo estava apaixonada.

Ele mesmo a achou linda,

Mas o beijo que ela quis lhe dar em seguida

Negou, apesar de te-la beijado.

Chega então em sua empresa.

O mais novo e moderno edifício da cidade,

Um pouco fora da cidade,

No meio de um grande parque

Verde, arborizado, florido.

Entrava com som de pássaros.

Estacionando, recebia o primeiro “bom-dia”.

Entrando no prédio, recebia um novo “bom-dia”

E um “bom trabalho”.

O prédio limpo recebia a luz do sol da manhã

Através das paredes de vidro

Aquecendo assim todo o ambiente.

Era agradável ali.

Mas uma certa indolência...

Foi direto a sua sala.

Antipenúltimo andar.

Se via cidade dali.

Com algum esforço poderia ver a própria casa.

Uma sala com as comodidades que queria.

Mas não era tanta coisa.

Uma porta de vidro, atrás de sua mesa,

Dava para uma varanda.

Era ali que estava agora.

E dali ele viu tudo.

Sua casa ao longe,

Achou até ter visto sua mulher.

A escola dos filhos logo ali,

Achou até ter visto seus filhos.

Dali ele via o horizonte,

Os montes neblinados dando volta na cidade.

As cores do céu naquela manhã,

Que nunca tinha reparado.

Olhava o céu comtemplando-o.

Pensava que tudo era belo demais,

Que era tudo bom demais.

Mas ele não sentia-se assim.

E por um descuido,

Ainda olhando para o céu,

Percebe que está caindo.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui