Deus dedica grande afeto à humanidade e não quer que se deixe ela levar por ilusões de grandiosidade. Quando o homem tiver desenvolvido seu senso de responsabilidade moral, poderá usufruir os bens que lhe serão enviados em grande profusão. Por ora, deve trabalhar, aproveitando a sua oportunidade de servir. Quem renegar o “pecado” se predisporá com melhores atributos ao serviço e terá bênçãos muito especiais.
Os homens de boa vontade saberão reconhecer os desejos de Deus e poderão satisfazer a todos eles, com grande alegria e dedicação. Não haverá lei humana capaz de impedir os impulsos de honestidade e de desprendimento que todos serão obrigados a executar. O não atendimento ao chamado será processado no mesmo instante e cada qual terá a oportunidade de arrepender-se imediatamente, momento em que acontecerá profundo conflito entre os desejos espúrios solicitados pela carne e os exercícios espirituais necessários à redenção.
Jesus enviará seus filhos diletos para promoverem reconhecimento universal dos bens do espírito, os quais revelarão os caminhos que deverão ser percorridos. A luta consagrar-se-á à redenção, em busca incontida das perfeições morais e intelectuais regeneradoras das feridas provocadas pelo desregramento. A virtude será considerada como a principal arma contra os vícios que atualmente prejudicam o progresso do homem. Sinais serão enviados aos homens, que não mais poderão duvidar da dicotomia entre os mundos da percepção sensorial e da realidade extra-sensorial. Aos poucos, a regeneração se fará e imensa alegria preencherá o coração da humanidade. A “Ordem da Fraternidade” será a instituição humana de maior progresso e todos estarão aptos a se associarem a ela, concorrendo com seus serviços para a grandiosidade da obra de Deus. A Terra estará salva.
Agora é preciso trabalhar, ler o Evangelho, proceder com correção por amor de Deus e do próximo. A lição se repete constantemente, porque Jesus é o caminho, a verdade e a vida; sem ele, não haverá salvação. Cabe aos homens atender aos apelos dos espíritos, preparando-se para o serviço. Quem tiver um pouco de clarividência deve auxiliar. O trabalho já se iniciou. Muitos concorrem com o coração feliz, sem medo de errar. Muitos compreenderam que é chegada a hora e palpitam ansiosos pela realização das promessas de esperança que lhes fazemos. Essa a atitude sábia que de vocês reclamamos.
Irmãos, vejam quão grandiosa é a obra de Deus! Não permitam que se destrua. Corram em auxílio de seu companheiro que se debate na ignorância. Não deixem que sacrifique a natureza, que estrague a formosura da criação, que desequilibre a harmonia mesológica. A sua indústria extrativa está minando os alicerces da construção divina. Façam com que entenda isso. Os males para os homens são menores, se comparados com as ruínas que se notam na natureza. O homem perece mas a natureza cobra; a natureza exige o resgate das dívidas. Haverá momento em que os cataclismos serão tantos que a população da Terra se reduzirá drasticamente. Podem comparar o fenômeno a dilúvio universal, com a diferença de que a destruição virá do ar, da água, do fogo e da terra, a um só tempo.
Homens de decisão, reflitam muito antes de magoar a natureza. Não destruam as árvores. Não busquem no fundo da terra os elementos radiativos para seus reatores nucleares. Mesmo o átomo utilizado para a energia elétrica é preciso evitar. As queimaduras não secarão e as feridas permanecerão abertas indefinidamente, até a hecatombe final.
Estas palavras são negras e contrastam com as esperanças acenadas inicialmente. É porque a redenção virá de vocês, de sua dedicação ao estudo das conseqüências de suas atitudes atuais. É preciso reformar seu modo de vida, aceitando com o coração sereno a condição corpórea. Não busquem emoções nas alturas. Um foguete extraterrestre, uma nave sideral é arma de incalculável poder poluidor. O desgaste de energia é sobrecarga tremenda à poluição que está grassando. Não desejem correr o mundo em suas máquinas consumidoras de oxigênio. Seus pulmões pagarão preço muito elevado por prazer tão pequeno e de tão poucos.
É preciso cultivar a terra, aceitando pacificamente as limitações impostas pela natureza. Releguem a segundo plano suas comodidades pessoais e atendam mais prontamente às necessidades coletivas, trabalhando em prol de seu semelhante.
Não desanimem e reconfortem seu coração na crença de que seu sacrifício será tido na conta de trabalho recompensável. Orem muito e executem a obra de Deus. Estudem a sua esfera, deslindem os mistério de sua essência, busquem entender melhor os meandros mais sutis de sua organização material, tudo para que sejam capazes de obstar o crescimento perigosíssimo do desequilíbrio morfológico dos climas e das águas. Atendam com o coração em paz aos princípios evangélicos, que vocês tudo poderão.
Bem-aventurados os que dedicam sua vida às ciências, pois deles será o reino de Deus!
