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Cartas-->Carta a um amigo cheio de sonhos... -- 13/06/2001 - 14:15 (Cida Piussi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Que mais eu poderia dizer depois de todas as coisas que escreveste. Agora, relendo o email, fiquei pensando o quanto essa maquininha pode fazer por nós. Na hora em que respondi o outro, ( a poesia), tinha pouco tempo, e queria que conhecesses um lado meu ( talvez o mesmo que me fez chegar até lá ...) Escrevo muito, vários temas... a maioria delas é sobre relações rompidas, dores diversas, mas outras são sobre liberdade, amor, etc.
Essa que eu mandei é de um capítulo especial... Faz parte de um site onde a maior parte é de erótica... algumas com conteúdo mais explícito. É um trabalho muito bem feito, mas pode dar uma impressão errada. Há uma parte de mim, que é isso... e não quero que faça uma idealização do tipo de poesia que eu provavelmente escreveria... lembrei-me que falaste do jogo de xadrez; medievalesco. Talvez a poesia que escrevo seja um lado cortesã que ficou latente e aflorou. Em palavras, e esse é o meu trabalho, seja escrito, no palco ou em sala de aula.
Ainda sou a mesma pessoa , ainda quero as mesmas coisas, ainda tenho os meus valores... mas adoro fazer uma catarse dos meus desejos, que na verdade refletem muito dos desejos humanos, alguns não tem coragem de assumi-los. Sou uma espécie de mulher em estado latente... hibernando enquanto não se encontra...

Gostei de que citasses Saint Exupèry,. O que me marcou foi " tu te tornas eternamente responsável, por aquilo que cativas". E sabe do que mais, eu acreditava cegamente nisso, ainda tento... mas vi que a vida tem surpresas e nos prega tantas peças, que é preciso aprender que nós somos responsáveis pelas coisas que cativamos. Se as perdemos, talvez elas não devessem ter sido nossas. Podemos zelar, de longe... mas não ficarmos presos e aprisioná-las.

Quanto ao Gladiador foi minha penúltima choradeira no cinema. Lindo, fantástico, absolutamente arrebatador. ( Quoque tu Brute, filii mi?) Lembra o assassinato de Júlio César
( acho que foi esse) por Brutus, o poder corrompendo tudo e a todos. E em o Gladiador, o mesmo tema, reinventado numa hitória em que a honra e a fidelidade levam um homem à morte. A família, sempre como fundo... e é prá onde se dirige...

Você disse uma coisa que me arrepiou, "quero cuidar bem do que recebi, para entregá-lo em iguais condições quando me for..." mais ou menos isso. Realmente poder conversar com você é um privilégio. Conhecê-lo foi um pouco temeroso, e agora fico mais temerosa...

Perdoe-me... talvez não devesse ter sido tão franca assim, de início... mas não gostaria de perdê-lo da minha tela...

Um grande abraço e Boa-noite.

PS. Não consegui dormir pensando se deveria ou não escrever esse email ( acho que se você fosse civil, eu não teria nenhuma preocupação... no meu imaginário, militar é alguém acima do bem e do mal e incapaz de entender certas emoções, linguajar, etc. Mas, pensando bem, assisti , ontem "Pearl Harbour", imperdível, minha última choradeira, e estão lá, honra, dignidade, fé, orgulho, amor, sexo...)

X (agora já sabe porquê)


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