Bela (*)
Não partas, querida Flora.
Quero-te muito comigo.;
Por ti, o meu peito chora,
Não te escondas, que eu te sigo.
O desejo mais que nobre
Surge logo, num estalo.
Nesse amor, nada há que sobre.;
Te amo, adoro, penso e falo.
Fica e verás que estou certo.
Prometo-te o lar (bem vês...)
Minha casa, antes -- deserto.;
Hoje -- ilusão e honradez.
Até o céu te ofereço
Na esperança de dobrar-te.
Aceita o meu endereço,
Linda musa, obra de arte.
__________
(*) Brasília, DF, 03/01/1966.
|