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Discursos-->3. A PERDA DO PARAÍSO -- 29/06/2002 - 05:17 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ao transgredir as determinações superiores do Pai, os seres se atiram em caos moral de onde não é fácil sair. Aos poucos, porém, vai fazendo-se luz em sua consciência, podendo cada qual aspirar pela solução de sua situação, transpondo incólume as portas do umbral, emergindo mais saudável para a compreensão.

Assim acontece no espaço espiritual, onde as relações entre as entidades se dão de modo hierarquicamente perfeito. Na Terra, no entanto, os homens desperdiçam inúmeras oportunidades de reação às malévolas e perniciosas influências dos maus espíritos ou dos impulsos não vigiados de sua organização corpórea. Não se atenham os encarnados a dar ouvidos às solicitações espúrias, menosprezando as mensagens de amor, de paz e de fraternidade que nós, espíritos, desde há muito vimos oferecendo como serviço socorrista. Não se iludam com as aparências enganosas, com aparatos deslumbrantes, com magnificências esplendorosas: a glória terrena é fagulha espocada de tora em chamas, comparada à luminescência de grande magnitude do bem eterno. Vocês devem prestar mais atenção a nós e julgar sua condição momentânea, nos estritos termos em que se encontram presentemente. É bem verdade que, após a morte, poderão verificar tangivelmente a verdade que vimos dizendo. Entretanto, tantos são os desmazelos que a humanidade vem cometendo, que a vida humana, em vez de se tornar recurso de purgação ou de propiciar meios redentores, vem tornando-se cada vez mais tão-só veículo para a castração dos anseios puros dos irmãos maiores que executam diretamente as ordens de Jesus.

A vida na Terra está perdendo seu sentido espiritual, de forma que a criação deverá adaptar-se às novas circunstâncias, introduzindo nova concepção de organização humana, mais lógica, mais coerente com o princípio que rege o ciclo existencial. O bode expiatório da fragilidade carnal não mais poderá ser sacrificado em nome de vilipêndios ignominiosos, criminosos. O espírito religioso receberá impulso em todas as seitas, de sorte que se promoverá sua união. Padres, pastores, irmãos espíritas, umbandistas, todos os sacerdotes dar-se-ão as mãos e visarão unicamente exercer com proficiência o seu ministério de amor: propiciar a cada homem o pão de cada dia, pão de vida, pão de amor, pão de virtude, pão de fé. O regime oligárquico que preside à organização da maior parte das seitas cederá diante das evidências mais consagradoras do trabalho a serviço de Deus.

Ou o congraçamento se dá, ou a Terra será assaltada por onda impressionante de misticismo que derreterá, ao fogo das paixões suicidas — no sentido moral, principalmente —, as almas desarvoradas, enregeladas pelo medo e pela perversidade. Eis aí o sentido profundo da alegoria segundo a qual o mundo terminará carbonizado pelas chamas do inferno. As labaredas crestadoras dos foguetes e mísseis não serão mais que símbolo físico que impregnará as almas de terror, facultando aos demônios o domínio das mentes enlouquecidas.

Homens, não duvidem de que o momento é chegado. Poderíamos mesmo dizer que se faz tarde para recuperação integral dos bens oferecidos por Deus quando da criação do planeta. Pela segunda vez, os homens desdenham o paraíso terrestre; pela segunda vez, é a árvore da sabedoria que fornece o fruto contaminado que está envenenando os corações. Serpentes peçonhentas não se cansam de sugerir o caminho do mal, mas, como os homens não aprenderam a lição do Cristo, vêem-se impossibilitados de opor resistência, caindo, tolamente, nas armadilhas. Um dia é da caça; outro, do caçador. Vocês são os caçadores desarmados que se julgam vitoriosos. Assim não deveria ser, pois está aí o evangelho iluminando as estradas, para que as criaturas possam enxergar com clarividência o seu dever de encarnados. A pregação espiritual mais pura se contém nos livros sagrados do espiritismo. Por que, então, os homens buscam saciar sua sede nas fontes impuras das “perfeições” terrenas?

Jovens ginastas, alegremente, rejubilam o povo com seus habilíssimos jogos: cada pessoa se sente participante da festa, prometendo, durante o espetáculo, que a mesma oportunidade de progresso se dará a si mesma. No entanto, finda a competição, cada qual retoma o seu diapasão de vida, desafinando as cordas vibradas com entusiasmo minutos antes. Do mesmo modo se passa com as promessas de melhoria do procedimento moral. Congregados nos ambientes religiosos, os homens se emocionam e enaltecem, com seus principais objetivos de vida, os valores mais sagrados. Contudo, ao se afastarem meio metro do local da contrição, esquecem-se inteiramente dos pensamentos sublimes que iluminaram as suas mentes por alguns instantes, voltando a agir exatamente da mesma forma que faziam antes.

Ou o homem estabelece para si procedimento coerente, ou seja, portando-se com dignidade em todas as esferas da vida psíquica, ou bem terá de encetar sempre e sempre novas vidas de sofrimento e dor.

Queridos irmãos, reflitam a respeito de sua vida. Apliquem a ela as nossas meditações. Verifiquem se nossas advertências não lhes cabem. Modifiquem seu procedimento, pautando suas atitudes pela moderação, pela perseverança no bem, pela aplicação dos recursos evangélicos. Não se desesperem se encontrarem pela frente barreiras que lhes parecerão intransponíveis. O exercício constante lhes dará a capacitação para ultrapassar esses obstáculos e o prazer das pequenas vitórias redundará em estímulos importantes para o prosseguimento da luta. Vocês devem educar-se no conhecimento dos mandamentos da lei de Deus, disciplinando seus movimentos intelectuais, de sorte que as acrobacias não sejam somente resultado natural, mas o reflexo de desempenho conseguido por esforço próprio, pela dedicação ao trabalho de compreensão das virtudes e de sua aplicação. É desse modo, e só assim, que sua vida readquirirá o sentido primitivo e vocês poderão reaver os tesouros infindáveis que estão perdendo.

Positivamente, os homens estão esbanjando oportunidades preciosas de recuperação moral. Rejuvenesçam-se pelo trabalho de Deus. Abram os olhos para as magníficas obras de arte da vida e que são todas suas. Não se precipitem cegamente no inferno das ilusões transitórias. O que nos assusta é a facilidade com que caem em tentação, cometendo inúmeros males contra Deus, contra o próximo e contra vocês mesmos. Arrependam-se de seu modo de viver e reneguem os prazeres mundanos. Alvorecer de esperança os aguarda nos braços abertos do Cristo Redentor.

Maciel.

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