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Poesias-->28 -- 28/10/2004 - 14:15 (Poeta Maldito) |
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Uma vez eu vi o céu limpo.
Tão limpo que era azul e brilhante.
Eu acreditava que era tudo simples
E onde quer que eu fosse o céu continuaria brilhante.
Eu gostaria de olhar nos olhos
E ver que o medo é apenas um ponto cego.
Joguei ao ar as pedras das minhas costas,
Mas a leveza me fez voar longe,
Longe demais de você.
Envergonharia-me de dizer que não te amei.
Insistiria em dizer
E depois esquecer.
A solidão que assola a alma.
A solidão que carrega
O saber de estar sempre só.
A solidão do desejo.
O pensamento que nunca está aqui.
Iluminação do sofrer,
Céu azul e brilhante
São azuis e brilhantes os olhos de alguém.
Sou cego o bastante
Neste vasto mundo de desejo.
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