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Artigos-->UM ELOGIO FAZ MILAGRES (Comportamento) -- 09/11/2000 - 19:54 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um elogio faz milagres. Massageia o ego. Melhora nossa auto estima. Eleva nosso “humor” e nosso “astral”. Resgata o que de melhor cada um tem dentro de si. Quem não gosta de ser elogiado ? Quantas vezes elogiamos quem nos cerca ? Quando elogiamos por último nossos familiares, nossos empregados, nossos chefes, a quem nos presta serviço ? Quantas vezes não elogiamos por acharmos que era mera obrigação, do outro, realizar aquela tarefa de forma satisfatória.



Ouvi há muito tempo atrás uma fábula, encantadora, de um sábio homem que conseguia que o tempo não desgastasse sua relação matrimonial. Cada dia que passava tornava sua esposa mais feliz. Perguntado qual era o segredo daquela relação tão harmoniosa, disse: Só encontro qualidades em minha mulher e a elogio freqüentemente. O segredo era ver na companheira o que ela tinha de melhor e verbalizar isto, fazendo crescer este lado.



As relações entre as pessoas, principalmente as profissionais, são desgastadas com jogos de poder, ameaças mais ou menos veladas, agressões mal disfarçadas. Como seria mais fácil se as pessoas confiassem umas nas outras. Se o buscar ressaltar as melhores características do outro fosse a norma do bem conviver.



Crianças estão formando sua auto imagem e sua auto estima. Comparo-as com livros com muitos espaços em branco em suas páginas. Críticas freqüentes feitas com a melhor das intenções vão, muitas vezes, preenchendo estas páginas. Você não come verduras! Se você não come verdura não vai crescer! Quem não come verdura não fica inteligente! Beltrano come verdura, você não! Quando perguntado quem é esta criança vai responder: “Sou fulano, não gosto de verduras, só gosto de guloseimas”. Quando nossos filhos eram pequenos, em casa, eram sistematicamente incentivados a provar todos os alimentos e sempre elogiados pelo quanto comiam bem. Com o tempo isto foi se tornando, cada vez mais, uma realidade.



As escolas são centros de formação de cultura e ao mesmo tempo auxiliam a família a educar às crianças e aos jovens. Tendem no entanto a esquecer que o fenômeno humano é sempre único, e que na sua individualidade o ser humano tem sua maior beleza. A escola tende a massificar o processo de ensinar. Todos tem que entrar na forma e no padrão da dita escola. Quem não entra vai para a secretaria, para a ocorrência e talvez receba o convite para se retirar da escola. O rigor que vejo, hoje em dia, com o comportamento de crianças que ainda estão na pré escola. Quanto vai marcar a estas crianças, o que lhes for dito: que são inadequadas, bagunceiras, mal comportadas ou seja o que for que lhes falem? Será que não está faltando bom humor? Será que não urge repensar os métodos de ensino ? Repensar esta escola, séria, pesada, carrancuda, burocrática e tão preocupada com a disciplina ? Criticas freqüentes marcam profundamente e às vezes para sempre a auto estima. A escola não pode perder de perspectiva que cada aluno que recebe é um ser único, com qualidade e defeitos. Um ser imaturo a ser trabalhado, a ser burilado revelando o grandioso ser que em potência todos podemos nos tornar. Bastando para isto um pouco de exemplo, um pouco de cultura, muito amor e muito elogio, estímulos essenciais ao pleno desenvolvimento humano.



Toda defesa de ponto de vista, sofre de certo maniqueísmo. No parágrafo acima minha defesa, do ponto de vista do aluno, foi absoluta. Do outro lado, da moeda, está o professor que também está coberto de razão. Personagem que sofre de cólica menstrual, dor no calo do dedo do pé e dificuldades para pagar a conta no final do mês, como todos nós. Exige-se dele, no entanto, perfeição de super herói. O que no fundo também ele precisa é um bocado de elogio, da sociedade, da escola, dos pais e dos próprios alunos.



Cada um de nós tem dentro de si, em potência, o que de melhor e o que de pior, o gênero humano, já produziu ou virá a produzir. Retirar do interior, as qualidades do pior malfeitor, ou do maior gênio, é uma simples questão de arbítrio. De livre arbítrio, com, certamente, responsabilidade individual, mas com um tanto de influência da família, da escola e da sociedade. Neste sentido, lembrando o escultor que vendo um rústico bloco de pedra dizia: as belas formas da escultura que crio, já estão aí dentro, basta tirar as sobras. Procurar ver as qualidades do próximo, algumas que nem ele mesmo visualiza. Acreditar nas pessoas e elogiar mais que criticar. Enquanto um elogio, de forma figurada, expande e faz sorrir a alma, a crítica a entristece e encolhe. Um elogio faz milagres.



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