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QUADRA MORAL - António Aleixo
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De nome ANTÓNIO ALEIXO
Nasci em Loulé / Algarve / Prtugal

Baptizado critãmente, cedo constatei que os representantes de Deus na terra temiam que eu fosse um filho do demónio:

Morre o rico, dobram sinos;
Morre o pobre, não há dobres...
Que Deus é esse dos padres,
Que não faz caso dos pobres?

A minha vida foi um suado e constante sobressalto com os sonhos de felicidade a escaparem-se-me pelos dedos da alma. De guardador de cabras a engraxador de sapatos, passei um pouco de tudo:

Fui polícia, fui soldado,
Estive fora da Nação,
Vendo jogo, guardo gado,
Só me falta ser ladrão!...

A condição de filho de gente humilde e trabalhadora no campo, não me permitiu desenvolver e cultivar o intelecto em jovem. Ao fim da minha vida, ainda muito mal sabia ler e gatafunhava uns rabiscos. Eram os amigos mais chegados que de lápis e papel ou de memória prendiam os meus versos:

Não sou esperto nem bruto
Nem bem nem mal educado;
Sou simplesmente o produto
Do meio em que fui criado!

De mim, bem cimentada na cabeça dos cidadãos portugueses ficou uma quadra pela qual me tornei mais conhecido e popular:

Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que, sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço.

Por muito estranho que pareça, alguém resolveu tomar-me a memória e trazer-me aqui para a Usina de Letras aonde militam quatro milhares de escritores e leitores. Ao cabo de todos estes anos de pacífico silêncio, é bem estimulante inserir-me no vosso meio, lusa-gente do Brasil.

Serei então um atento crítico de situações, ora elogiando, ora verberando, a sério e a rir: serei então a Quadra Moral!

Quando quiserdes que comente, aprecie ou dê mera opinião sobre as vossas lides literárias, podereis contar com aquilo que sei: o sabor da pele vinda do esplendor do chão.

Mail: aleixadas@mail.pt






































































































































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