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Luciana Custodio
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Perfil:
Sou paranaense, nasci em Londrina e tenho 21 anos.
Moro em São Carlos/SP. Adoro ler e escrever.
Atualmente estou lendo "O Anão",
do sueco Pär Lagerkvist. Amo poesias, em especial
as de autores brasileiros.
É ótimo ler textos em português, meu sonoro idioma
de que tanto gosto.
Interesso-me por cinema, teatro, tv e rádio.
Gosto de conversar, passear, música (MPB),
beijar, dançar, etc.
Responderei a todas as mensagens que me forem
enviadas (mandarei um poema para cada leitor
que me escrever). Desejo ouvir a opinião dos
leitores, pois é a primeira vez que divulgo meus poemas.
Recentemente, descobri o autor espanhol
Juan Ramón Jiménez (prêmio Nobel de 1956).
Ele é ótimo, escreve poemas divinos.
Abaixo apresento duas poesias dele para que
vocês tenham uma idéia de sua força poética
(espero que a tradução não tenha desvalorizado
os poemas, pois fui eu mesma que os traduzi):

Pedi ao meu coração um sorriso

Pedi ao meu coração um sorriso
Em meio ao perfume quieto do jardim:
Como chorou muito, não se lembra
De que deve sorrir.

E me disse a minha alma: por que queres
Esta noite alegrar teu coração?
Não é mais doce que o mundo da felicidade
O mundo da dor?

Tu te esqueceste já das estrelas,
Essas lágrimas puras do azul;
E perfumas com flores que secam
Tua eterna juventude?

Olhei ao longe, dentro de minha vida,
E compreendi tão agradável verdade;
E disse aos meus lábios: que é mais doce:
Sorrir ou chorar?

Vinha uma tristeza das recordações
No ar tranqüilo do jardim,
Recordações de alvoradas de dezembro
E de tardes de abril.

E meus olhos, fitando o nada,
Inundaram-se de névoa e umidade:
Tentei sorrir, senti ternura,
E acabei chorando.

Autor: Juan Ramón Jiménez

_____________________________________

A minha morta adorada

Está sozinha no sepulcro,
sozinha, a minha morta adorada!,
e faz uma noite muito fria,
o vento medroso brama,
e a lúgubre corneta
emite sua canção estranha.

Em seu ataúde carcomido
através das tábuas entreabertas,
se arrastam os lagartos
até seu rostinho branco;
os vermes asquerosos
que apodrecerão suas entranhas.

E eu sigo pelo mundo
recordando suas palavras,
seus generosos carinhos,
os desejos de sua alma;
e a deixo no sepulcro
para sempre abandonada,
e não a roubo da tumba,
e na noite solitária
não vou abraçar o seu corpo,
não vou lhe dar minhas lágrimas,
não vou expulsar os vermes
que apodrecem as suas entranhas,
entranhas que noutros dias
em sede de amor se abrasavam...
Não vou colar meus lábios
em sua boquinha fechada!

Autor: Juan Ramón Jiménez




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