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Luís Augusto Marcelino
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Acho que foi em 1979. Talvez 1980. É, foi isso. 1980, quando mudei de bairro. O primeiro escrito que me vem à cabeça foi um poema que eu não lembro o nome e muito menos um dos versos. Isso significa que devia ser bem ruim, porque estou sendo sincero. Não me lembro. Foi feito a três mãos: além de mim, os amigos Ronaldo e Luiz Cesar foram os responsáveis pelos versos de rima pobre dedicados à Adriana, uma morena clara de cabelos compridos e muito pretos. Linda, a Adriana. Colocamos o dito poema no portão da casa dela. Só não contávamos que quem o retiraria de lá seria o seu Maurício, pai da moça, cara de maus amigos. Quis saber quem tinha sido o cara-de-pau que escreveu umas asneiras daquelas. Nunca mais passei em frente ao portão da Adriana. Sorte (na época considerei azar) ela ter mudado pouco tempo depois.

Passado esse episódio, comecei a escrever letras de música para um futuro conjunto de Rock, encabeçado pelo Ronaldo. Tínhamos dúvidas quanto ao nome do conjunto: "Prisma", "Música Urbana", dentre outros nomes, que jamais sairam do papel. Uma das nossas músicas mais interessantes tinha o seguinte refrão: "Help, por favor! Tome cuidado com o disco voador". Meu Deus... devia ter vergonha de escrever sobre isso.

Entre os 15 e 20 anos de idade convivi com outro amigo, o Marcos Prado, que escreveu uma peça baseada no "Mágico de Oz". Foi aí que decidi trocar a poesia pela prosa. Outro desastre! Passei uns três anos com um projeto na cabeça. Meu livro se chamaria "Cartas à Steffi", um romance cujo enredo pode ser resumido a um fã brasileiro da tenista Steffi Graf (minha paixão da época) que a assassinaria quando ela viesse jogar no Brasil. Steffi nunca veio (pelo menos que eu saiba) e o livro nunca passou da terceira página.

Somente em 1988 voltei a escrever "profissionalmente". Foi nesse ano que fiquei em segundo lugar num concurso de roteiros para quadrinhos. "O ídolo da morte" era uma aventura do Mickey tentando resgatar um ídolo de uma civilização perdida. Agora vai - pensei. Não foi, de novo. Quando meu segundo roteiro foi recusado, larguei mão. Afinal, não gostava mesmo de HQ...

Em 1999, estimulado pelo Odracil Ruiz, comecei a escrever crônicas que descreviam o dia-a-dia dentro da empresa onde trabalhávamos. Tinha que ter o cuidado de maquiar as histórias de modo que meus chefes não se vissem dentro delas. Tarefa difícil... Daí surgiu meu primeiro livro (não contei antes, mas sempre achei que nunca conseguiria concluir uma obra, tantas foram as vezes em que iniciei um enredo e o deixei de lado em seguida). "A Comédia da Vida S/A" pode ser encontrado em... bem, quem quiser adquirir uma cópia, escreva-me. Só vou cobrar o gasto com as xérox, a encadernação e o selo, combinado?

"Verissimo e os chimpanzés efêmeros" é uma comédia policial. Quando distribuí cópias para os amigos, alguns deles não entenderam o porquê de eu ter feito esta classificação literária. "O livro até que é bom, Luís. Só que não dei uma risada sequer - comentou Valtinho". Este também está à venda no mesmo molde de "A Comédia..."

Atualmente estou escrevendo "Primeiro Tempo", mas não consigo terminar a história. Não sei o que fazer com o protagonista. Posso torná-lo vilão ou herói. Rico ou pobre. Casado, viúvo ou solteirão. Oh, dúvida cruel! Acho que é por isso que minha carreira não emplaca. Nunca sei bem o que fazer com os personagens. Deve ser fruto da minha total falta de organização. O certo seria eu elaborar um boneco resumindo tudo o que iria acontecer com os personagens. Mas não. Mudo o rumo. Contradigo o que escrevi no começo. E, pasmem! Não estranhe se um personagem começou se chamando João e no meio do texto passou a ser José! Tenho pavor de revisar textos. Temo que irei detestar tudo o que escrevi e jogar pela janela as páginas escritas durante intermináveis noites.

É por isso que me conformei em publicar meus textos somente na internet. Primeiro porque, se eu me arrepender de alguma bobagem que tenha escrito, basta deletar. Segundo porque não engano meus fiéis 7 leitores. Se eles não gostarem do texto, não têm por que reclamar: pelo menos não desembolsaram um tostão pela leitura.


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