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Waldomiro Rosciano de Camargo
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Escrever, opção saudável

Escrever e descrever, caricaturando, denunciando, retratando, registrando, é muito gostoso. Qualquer situação,
pitoresca, uma inquietação, questionamento, deixando transparentes é sempre bom.
O jogo das palavras, o chumbo fino sem direção, exercita a comunicação e a liberdade. Análise barata, só requer uma folha em branco e uma caneta bic, despejando todo seu pique, todo seu alto ou baixo astral, tudo é momento.
Recriamos, porque quase sempre são as mesmas, rotas, gastas, rasgadas, e com nossa ótica disfocamos, mudamos o ritmo. O bom do papel é isso.
Quando escrevia em jornal alguém me alertava sobre o perigo do folhetim em jornal de interior; ele acaba promovendo uma auto-censura forte prejudicando a criação. Realmente. Senti isso, mas por outro lado, nos dá disciplina. Modelamos o barro dando uma forma que nos agrade e que possa ser apreciada. Melhor do que criar um filho rejeitado.
Quando descrevo uma figura de mulher, exuberante, alegre, cheia de vida, cabelos negros e fartos, ancas e coxas, tento descrever uma mulher da pá-virada, tipo “Doidinha calibre 28”, um tipo físico muito próximo do ideal. Não –
consigo criar uma musa “zarolha”.
Essa comunicação flui, livre, cara à cara, frente a frente, pele a pele, sem censura, porque nada é vergonhoso. Não boto censura, o travesseiro que julgue cada um. Como arma sempre uso pitadas de humor que podem ferir, mas não matam. Se percebo um inimigo incomodando o trânsito da história, jogo para escanteio. Meus heróis têm grandes qualidades: nunca fizeram voto de pobreza, nem de castidade, só de amor e lealdade com a vida, imagem refletida da pessoa humana. Quando escrevo, ele me parece real, apenas um sopro e torná-lo vivo.
Empurro a história como narrador, talvez até testemunha, e deixo ao leitor apenas a contemplação dos fatos, e nunca ir em busca de uma verdade.
Tenho duas personagens diferentes em muitas histórias. Ardência, por exemplo, seu desenho é de “mulher franzina, delicada, ancas e coxas torneadas, de andar livre e descontraído capaz de provocar paixão”. Ardência, arde.
Doidinha calibre 28, mulher de aproximadamente 28 aninhos, descompromissada, pronta pra despertar tesão, sabe disso, brinca com isso, alegremente. Não é de se amarrar facilmente, prefere curtir cada momento, seduzindo sempre. Há sempre um personagem querendo fazer parte de sua vida, uma new-paixão.
Os homens também têm suas características: Olegário. Aquele que trabalha cinco dias da semana, na esperança de curtir os outros dois, e não deixa por menos. Comboio. Bom conselheiro, grande experiência, capaz de tirar o amigo do esgoto, com seu bulário de fórmulas magistraes. Pinel, seu estado é de excitação permanente, seu vocabulário o mais filosófico possível, já rompeu com todos os conceitos e preconceitos, através de pensamentos palavras e obras. A birosca. Barzinho descontraído, mesas ao ar livre. É lá que admiramos o encontro do sol e da lua ao entardecer. Ponto de encontro, papos artesanais, música e a alegria de estar vivo.
Personagens. Sempre andei com caderninho e caneta, anotando cenas, fatos e diálogos descontraídos. O modelo real sempre serve de eixo, ponto de partida. O trabalho criador é desfigurar o modelo. Quase sempre os traços iniciais são descaracterizados, resultando nova personalidade. Direi, é o impulso inicial do trabalho criador e da imaginação. Coloco frases simples e coloridas, palavras certas que não deixam dúvidas, o calor do momento, como se fosse letra de samba-canção. Vou costurando a história soltando a linha 10 do pensamento, e de repente o personagem pode até se identificar com outros iguais, que cruzamos na vida.
Quando Deus criou o homem, o fez a Sua imagem e semelhança, e deve ter dito: siga o seu caminho. E assim o homem seguiu em busca do seu ideal. O ato de criação é assim, narrando, testemunhando, tornando-se cúmplice. De repente ele foge e da impressão de não ter mais nada com a gente. Tornam-se vivos, seguem seus caminhos.

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22/04/2006
MiroCamargo



Livros Publicados:

1. quase uma centena de contos,crônicas e poesias no Jornal Diário de Sorocaba, SP.
1° lugar concurso de contos de Mairinque, SP
1° lugar concurso de contos de Piedade, SP
3° lugar concurso de contos de Piedade, SP
1° lugar concurso de poesia da UNISO Fac. Filosof.de Sorocaba, SP
 
 
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