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Rosângela Scheithauer
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Deixei o Brasil em 1978 para ir estudar em Londres. Sempre tive paixão pela lingua inglesa, talvez porque era esta a lingua do meu adorado John Lennon.
Naquele tempo não era fácil para uma jovem deixar sua família e ir para o exterior. Enfrentei muitas dificuldades, principalmente, financeiras pois fui sem qualquer apoio de meus pais que não tinham condições. Em Londres fiz um pouco de tudo: fui camareira de hotel, babá, ajudante de cozinha de restaurantes, enfim, como se diz no Brasil „comí o pão que o diabo amassou“.
Minha primeira chance surgiu em Dezembro de 1978 quando conseguí uma posição de Secretária na agência do Banco do Brasil. Após sómente 3 meses fui promovida a Secretária do Gerente-Geral do banco. Interessei-me por „International Banking“ e comecei a fazer cursos noturnos que, logo depois, ajudaram-me a conseguir uma posição em um banco inglês. Este banco chamava-se European Brazilian Bank Ltd., sendo seus maiores acionistas o Banco do Brasil, Bank of America, Deutsche Bank, Union Bank of Switzerland e Daichi Kangio Bank of Japan.
Cheguei à respeitada posição de „Assistant-Manager da Divisão Brasileira e em 1982, já com apartamento próprio no nordeste londrino, conhecí meu marido, Peter Scheithauer, que na época trabalhava para o Bank of America. Em 1983 casamo-nos em Londres no civil e em Viena no religioso. Meu filho René Philip nasceu em Londres em 1986. Em 1987 mudamo-nos para Milão onde meu marido assumiu nova posição junto ao Bank of America.
Um dia, sentindo-me muito solitária (pois meu filho já estava frequentando uma escolinha maternal), passei por uma galeria de artes na rua de minha casa e resolví entrar para ver os quadros. Este dia mudou minha vida! Um senhor idoso que havia me observado enquanto eu admirava os quadros, aproximou-se de mim e, sem qualquer motivo ou explicação, perguntou-me:
-„A senhora é pintora“?
Respondí que jamais havia pego em um pincel antes, mas estava curiosa de saber o que o havia levado a pensar que eu fosse pintora. Ele então respondeu:
„A senhora possui algo que só pintores ou pessoas extremamente sensíveis às artes possuem, ou seja, „olhos“. Ele até fez um comentário: Monet tinha olhos... e quê par de olhos!
Ele se apresentou dizendo que era o pintor de todos aqueles quadros, tinha 91 anos e quase toda sua vida dedicada à arte. Disse que também dava aulas de pintura e convidou-me a assistir, sem compromisso, uma de suas aulas. No dia seguinte lá estava eu com uma telinha, um pincel e as cores básicas: amarelo, azul e vermelho. Quando terminei meu primeiro quadro, o „maestro Righi“ (assim eu o chamava carinhosamente) me disse: „eu acho que tinha razão quando disse que voce era pintora“. Só parei de ter aulas com ele quando deixamos Milão e fomos para a Austria.
Meu começo na Austria não foi nada fácil, não sabia uma palavra de alemão, tive que aguentar meses de reformas em nossa casa e fiquei grávida de minha filha Natalie que veio a nascer em 1992 em Viena. Fiquei sem pintar de 1990 a 1996.
Certo dia uma amiga italiana me telefonou querendo saber como andava a minha pintura e eu lhe disse que havia parado de pintar. Ela me contou que logo após a minha saída de Milão o „mestre“ Righi faleceu e na opinião dela eu pintava como ele e deveria dar continuidade ao seu trabalho. Voltei a lembrar-me das palavras do „maestro“ com relação aos meus olhos e no dia seguinte matriculei-me na Escola Superior de Belas Artes de Viena onde fiz diversos cursos entre o período de 1996 a 1999.
A seção „Exposiçõoes“ da minha homepage oferece maiores detalhes sobre o desenrolar da minha vida artística.
Tive que fazer um caminho árduo e com muitos obstáculos para chegar onde cheguei, mas agradeço a Deus por ter-me mostrado este caminho. Sou feliz por ter descoberto um talento que não sabia possuir! E mais: minha profunda gratidão ao maestro por ter descoberto os meu „olhos“! Garanto que o céu está todo colorido com o ele lá em cima.



Recentemente fui nomeada representante da REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras) na Áustria.
Para quem nunca teve aspirações literárias é uma grande honra!





Livros Publicados:

Participei de uma coletânea entitulada:
II ANTOLOGIA NAU LITERÁRIA - Editora Komedi


Nao é fácil publicar obras quando nao se tem um nome como Rubens Braga, Drummond, Coelho, Amado...

Quem vai se interessar por uma "Scheithauer"?
 
 
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